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Por Vilma Gryzinski
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Esperança e medo na Venezuela: vai ser com ou sem sangue?

Um líder jovem e corajoso emerge para fechar a fatura de Maduro, esperto para entender o momento, torpe para ir pelo pior caminho

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 23 jan 2019, 20h59 - Publicado em 23 jan 2019, 20h52

Para onde fugirão Nicolás Maduro e sua corte de destruidores da Venezuela? Quanto mais gente ele mandar matar, menores são as possibilidades.

México? O novo presidente, Andrés Manuel López Obrador, não tem nada de bobo. Só vai acolher o bufão venezuelano se houver um acordo com os Estados Unidos para permitir o asilo ao ditador em troca de um fim pacífico à era de horrores na Venezuela.

Turquia? Recep Tayyp Erdogan tem problemas suficientes exatamente no momento em que se desenha um acordo com o governo Trump sobre a Síria.

A China não recebe refugiados. Sobra a Rússia, de preferência em algum lugar perto do Mar Negro, onde os verões são quentes e os invernos relativamente amenos, longe das montanhas. Embora quem chegue pedindo asilo não tenha muita liberdade de escolha.

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Maduro se debateu de forma previsível diante do movimento bem concatenado entre Estados Unidos, Brasil e os demais países latino-americanos onde não impera a insanidade.

Para seu desgosto, até Lenin reconheceu o oposicionista Juan Guaidó como presidente interino, cargo sobre o qual reivindicou legitimidade, num lance arriscado e arrojado. No caso, Lenin Moreno, o presidente do Equador que viu a luz e se afastou do bolivarianismo.

Ao romper relações com os Estados Unidos, Maduro entrou para os lances finais. Suficientemente esperto para se manter no poder num país sobre um mar de petróleo onde 80% da população come menos do que o necessário, ele entendeu que o jogo havia mudado.

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Há menos de duas semanas, ele perguntava ironicamente: “Quem é este Guaidó? Guaidó ou Guaido? Ou Gueido?”.

Há seis dias, depois que “pessoas próximas ao regime” entraram em contato com a jornalista María Elvira Salazar, americana de origem cubana apoiada por Trump numa candidatura derrotada a deputada pela Flórida, Maduro enviou um recado conciliador ao presidente americano.

“Mais cedo que mais tarde, somos obrigados a nos entender”, falou, bem pianinho. E aliviou: “Eu acho que o senhor herdou erros na política externa americana.”

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Foi o tipo de esperteza inútil de quem ouve o destino batendo à porta.

O potencial para uma violência catastrófica na Venezuela é pavoroso. Guaidó ofereceu, acertadamente, anistia aos militares que saltarem fora da barca do inferno.

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Mas ainda sobram os processos por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas nos Estados Unidos contra os generais que se deixaram corromper de inúmeras e vergonhosas formas.

E ainda existem os “coletivos”, os bandos armados para defender a “revolução”.

E os cubanos que criaram isso tudo.

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Do lado mais esperançoso, tempos muito difíceis revelaram homens e mulheres de coragem quase inacreditável e capacidade de resistência, inclusive às divisões eternas da oposição.

Do confinamento domiciliar, o jovem, carismático e inquebrantável Leopoldo López forjou a vertiginosa ascensão de Juan Guaidó, exatamente com as mesmas qualidades.

Impossível não torcer para que os venezuelanos comecem a sair do abismo.

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