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Por Vilma Gryzinski
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Bota o retrato do velho outra vez: Biden ainda tem chances?

O sistema contra-ataca e consegue ressuscitar candidatura em estado terminal para segurar o socialista Sanders; o problema é se vai funcionar

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 30 jul 2020, 19h07 - Publicado em 4 mar 2020, 17h10

A notícias sobre a morte – política – de Joe Biden foram um pouco antecipadas.

Renascido das cinzas, o veterano ex-vice-presidente está com fôlego de garoto aos 77 anos depois de capturar de Bernie Sanders a metade das eleições primárias da Super Terça.

Para completar, só falta a maior de todas as cerejas do bolo: o apoio de Barack Obama. 

Como outros figurões do Partido Democrata, o ex-presidente tinha pouco ou nenhum entusiasmo pela candidatura de Biden.

Muito velho, muito convencional, nada inspirador, talvez até já um pouco comprometido mentalmente pela idade.

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Mas é o que tem para o momento.

A disparada de Bernie Sanders, mais idoso ainda, porém com muito ibope entre o eleitorado jovem, foi uma bênção para Biden.

Um socialista com propostas malucas parece, para o pessoal profissional do partido, a receita mais garantida de derrota para Donald Trump na eleição presidencial de 3 de novembro.

Como as alternativas foram caindo durante a vertiginosa dinâmica das eleições primárias, Biden voltou a ser o nome de consenso entre o establishment, o sistema, a máquina, chamem como quiserem.

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Em quatro dias, saíram três candidatos que queriam se colocar como alternativas moderadas: Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e agora Mike Bloomberg – este depois de gastar 500 milhões de dólares do próprio bolso para tentar uma chance.

Todos endossaram Joe Biden. Até um candidato que já havia caído fora, Beto O’Rourke, foi trazido pela campanha de Biden para, estranhamente no caso de um jovem que se considerava uma espécie de novo Kennedy (sem as ideias, é claro), apoiar o mais convencional dos aspirantes.

Ajudou Biden a ganhar a primária no Texas, um estado grande e importante, contrabalançando a vitória de Bernie Sanders na Califórnia.

Agora, Biden tem a maioria dos delegados à convenção de julho que escolherá o candidato.

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Nada, porém, está garantido. Como nos Jogos Vorazes, a disputa entre os democratas está cheia de surpresas.

Se Biden ganhar a candidatura, irão os jovens partidários de Sanders fazer birra, como aconteceu quando Hillary Clinton foi a candidata em 2016?

Ou irão tapar os torcidos narizes e partir para o voto útil, na base do vale qualquer sacrifício para tirar Trump da Casa Branca?

E, principalmente, qual dos dois Trump prefere enfrentar: um veterano socialista ou um igualmente veterano homem da máquina?

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“Meu pai vai fazer picadinho de Biden num debate”, garantiu Eric Trump, considerado o filho menos brilhante.

Coração de filho não conta e a campanha está incendiariamente imprevisível para antecipar quem seria o candidato mais perigoso para Trump.

Só dá para garantir que os roteiros escritos pelos grandes entendedores estão todos furados.

Beto O’Rourke, ressurgido por obra (e um bocado de negociações) da campanha de Biden, não deu nem para o começo.

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O New York Times endossou, com precipitação, Elizabeth Warren (subiu no telhado) e Amy Klobuchar (caiu fora).

Pete Buttigieg parecia o queridinho da mídia – e dos gênios do Vale do Silício, modernos, antenados e apavorados com os impostos prometidos por Bernie Sanders.

Derreteu.

Quando muitos grandes e bons começaram a insinuar que Bernie Sanders não é tão socialista assim, é mais um modo de falar etc etc, a onda sanderista encontrou um obstáculo sério.

O que vai acontecer?

Quem diz que sabe, está selando a própria desmoralização.

Os Jogos Vorazes continuam.

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