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Biden leva bomba: logo de cara, o favorito acaba em quarto

As primárias em Iowa estão longe de ser determinantes, mas o tombo do candidato democrata mais moderado foi feio e desarranja a corrida presidencial

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 30 jul 2020, 19h10 - Publicado em 4 fev 2020, 19h41

Joe Biden estatelado em quarto lugar foi de doer.

Tendo entrado na disputa presidencial como favoritíssimo, o ex-vice-presidente saiu da primeira, e extremamente confusa, primária em Iowa com o carimbo de perdedor.

É um carimbo que pode moldar a narrativa das próximas etapas da corrida.

Bill Clinton e Donald Trump também perderam em Iowa, para Tom Harkin – alguém se lembra dele – e Ted Cruz.

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Bernie Sanders, empatadíssimo com Pete Buttigieg, também ganhou na primária de 2016, no início do processo que acabou consagrando Hillary Clinton – com os conhecidos resultados finais.

Mas quarto lugar é humilhante demais.

Ficar atrás de Pete Buttigieg, Bernie Sander e de Elizabeth Warren é o equivalente a uma nota vermelha.

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Significa também que o eleitorado está andando de montanha-russa, entre moderados como o Prefeito Pete (a alcunha que escolheu diante do sobrenome impronunciável) e candidatos à esquerda, como Sanders e Warren.

As posições ideológicas são à luz da situação política de hoje, quando todos os democratas aproximaram-se da esquerda. Só Sanders continuou no mesmo lugar porque já estava lá.

A derrota de lavada não enterra, nem de longe, a campanha de Biden. Em escala nacional, os números continuam relativamente fortes a favor dele.

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Mas as vulnerabilidades ficam mais claras. Um candidato tradicional demais numa era que vive procurando novidades, velho demais e, ironicamente, enrolado demais no caso da Ucrânia com que os democratas sonhavam tirar Donald Trump da Casa Branca, mas que respingou no ex-vice-presidente, especialmente via seu filho, Hunter.

Os tubarões estão sentindo o cheiro de sangue na água.

O multibilionário Michael Bloomberg, que não está participando das primárias iniciais, que rendem poucos delegados, já recarregou sua maior arma.

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No sentido metafórico, claro – o ex-prefeito de Nova York é uma das estrelas da campanha contra armas.

A metralhadora de Bloomberg, nesse caso, é o dinheiro. Com uma fortuna de estarrecedores 60 bilhões de dólares, ele está inundando os canais de televisão com propaganda política em proveito próprio, claro.

Se Joe Biden vacilar, Bloomberg vê a chance de ser um candidato viável, com posições comparativamente moderadas, o dinheiro próprio – sinônimo de independência – e, como ex-prefeito de Nova York, a experiência que Trump não tinha.

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O resultado de Iowa foi atrasado por causa do sistema naturalmente complexo e de um aplicativo infeliz.

A primária em Iowa é na verdade um caucus, uma mistura de eleição do papa – os partidários dos candidatos menos cotados são “convidados”, barulhentamente, a aderir aos que estão no páreo – e do sistema usado pelas antigas tribos romanas, quando os eleitores se moviam fisicamente para o lado dos preferidos.

O sistema foi muito criticado e surgiram as obrigatórias teorias da conspiração de que foi tudo armação para prejudicar Bernie Sanders.

O fato é que Joe Biden levou uma bomba desestabilizadora.

Sem falar que Donald Trump, que deveria estar massacrado pelo processo de impeachment, chegou a 49% de aprovação em pesquisa do Gallup, um recorde.

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