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Por Vilma Gryzinski
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Abraço dos sobreviventes: ataque contra o estilo de vida das democracias e o direito de adultos fazer o que quiserem

“Ele viu dois homens se beijando e ficou bravo”. Foi isso o que disse o pai do responsável pelo massacre dos inocentes na boate gay

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 5 dez 2016, 11h22 - Publicado em 12 jun 2016, 14h30
Abraço dos sobreviventes: ataque contra o estilo de vida das democracias e o direito de adultos fazer o que quiserem

Abraço dos sobreviventes: ataque contra o estilo de vida das democracias e o direito de adultos fazer o que quiserem

As informações, pelo que é possível saber até agora, são tão perturbadoras que é até difícil acreditar. Nos Estados Unidos, em Orlando, conhecida pelos brasileiros que levam os filhos à Disney e por outros que caem na balada, um homem de 29 anos chamado Omar Mir Seddique Mateen matou 49 pessoas num bar frequentado por gays e feriu outro tanto.

O pai dele, que veio do Afeganistão, disse que não houve motivação político-religiosa. Há alguns meses, Mateen viu dois homens se beijando em Orlando e ficou bravo. Mateen usou um fuzil tipo AR-15 e parecia ter um colete bomba.Ele é o quinquagésimo morto, sem direito a integrar a lista de suas vítimas. O caso está sendo tratado como “incidente terrorista”.

Esse novo massacre dos inocentes, de gente que se divertia na noite, bebendo, dançando e fazendo tudo o que adultos têm direito a fazer por consenso, repete de maneira doentia a matança de novembro em Paris. Na França, foram células de militantes organizados do Estado Islâmico que mataram 130 pessoas num show de rock e em restaurantes. Nos Estados Unidos, é possível que seja um ato de terrorismo individual.

O horror que causam é o mesmo. Ataques que miram o estilo de vida e uma parte essencial das liberdades individuais, construídas ao longo de séculos, nos países democráticos. Numa hora dessas, somos todos americanos, latinos, gays, indivíduos que repudiam o obscurantismo terrorista.

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Exatamente como no Bataclan, em Paris, o tiroteio na boate Pulse, que havia convidado “latinos, latinas e todo mundo que gosta do tempero latino”, começou quando o som da música era alto. Muitos frequentadores conseguiram sair no meio de corpos caídos e outros se esconderam. Com medo de provocar mais mortes, a polícia demorou três horas para entrar na boate.

Como já se tornou tragicamente comum, amigos e parentes começaram a aparecer em volta da balada, buscando informações sobre aqueles cujos celulares de repente ficaram mudos. Mina Justice mostrou a troca de mensagens entre ela e o filho, Eddie.

Numa rápida sequência, ele teclou: “Mãe, eu te amo”, “Atirando na boate”, “Preso no banheiro”. Ela diz que é para ficar lá e pergunta em qual banheiro está Eddie. As mensagens seguintes são aterradoras: “Eu vou morrer”, “Ele está chegando”, “Ele pegou a gente e está aqui”.

Fim das mensagens.

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