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Por Tatiana Cunha
As dicas certeiras de turismo e os lugares incríveis do planeta para você planejar sua próxima viagem
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7 dicas para mulheres que viajam sozinhas

Não perdi literalmente nem um minuto pensando quando soube da oportunidade. Depois de cobrir os GPs do Japão e da Coreia do Sul de F1 em 2011, poderia continuar na Ásia e teria oito dias de folga antes do GP da Índia, que estreava no calendário naquele ano. Sempre morri de curiosidade de conhecer a […]

Por Tatiana Cunha Atualizado em 30 jul 2020, 21h15 - Publicado em 25 nov 2016, 15h25

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Não perdi literalmente nem um minuto pensando quando soube da oportunidade. Depois de cobrir os GPs do Japão e da Coreia do Sul de F1 em 2011, poderia continuar na Ásia e teria oito dias de folga antes do GP da Índia, que estreava no calendário naquele ano.

Sempre morri de curiosidade de conhecer a Índia e aquela seria a oportunidade perfeita, já que estaria na região e nem a passagem eu teria de pagar. Antes mesmo de consultar meus amigos, tomei minha decisão e reservei meus voos, empolgadíssima. Resumindo a história, ninguém podia/queria se juntar a mim. Como já tinha viajado bastante sozinha antes, nem cogitei mudar meus planos pela falta de companhia.

E lá fui eu, de mala, cuia e computador desbravar a Índia. Como a corrida seria perto de Nova Délhi e o país era uma grande incógnita para mim, resolvi ficar baseada na cidade e não me aventurar por outros cantos _a não ser o Taj Mahal, que fiz com um guia acertado no hotel.

Meu primeiro susto veio ainda no saguão de desembarque do aeroporto. Tive de tentar todos os cartões de crédito e todos os caixas eletrônicos do aeroporto até conseguir sacar algum dinheiro (erro 1). Recuperada, parti para a fila dos táxis. Não tinha reservado nenhum serviço de traslado com meu hotel, então tive que me aventurar entre centenas de taxistas indianos frenéticos atrás de um passageiro (erro 2).

Cheguei inteira ao hotel, um cinco estrelas que não era absurdamente caro, mas que resolvi investir por precaução (acerto 1), pois já tinha ouvido relatos tenebrosos de quartos de hotel. Como era noite (erro 3), resolvi ficar por lá mesmo e começar minha exploração na manhã seguinte.

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Munida com meu guia, escolhi meu primeiro destino: Connaught Place, descrito como um dos principais shoppings centers da cidade. Como ficava pertinho do meu hotel, resolvi ir a pé.

IMG_4304Acho que 1 km nunca foi tão longo na minha vida. A cada passo que eu dava alguém vinha falar comigo, oferecer alguma coisa, perguntar para onde eu ia. Comecei a ficar irritada e com medo. Mas não era medo de ser assaltada, era um medo diferente. As pessoas queriam tocar em mim, me forçar a ir por aqui ou por ali. Não preciso dizer que nem cheguei ao tal shopping, que de shopping pra mim não tinha nada, e voltei às pressas para o meu hotel. Passei o resto do dia entre o quarto e academia e comecei a questionar se minha decisão tinha sido acertada. E eu ainda tinha uma semana em Delhi…

Foi aqui que o Facebook me salvou :) Vi que uma inglesa, que trabalhava também na F1, estava lá. Na hora mandei uma mensagem pra ela e, por sorte, o hotel dela era a algumas quadras do meu. A partir daí formamos nossa dupla e saímos desbravando a cidade. Fomos a todos os pontos turísticos, a lugares que eu não iria se estivesse em São Paulo, fomos a restaurantes, andamos de tuk-tuk, fizemos tatuagens de henna.

IMG_4472O assédio diminuiu consideravelmente, mas as pessoas nos olhavam como se fôssemos de outro planeta (a Esther ainda é ruiva, o que “piorava” a situação, hahaha). Perdi a conta de quantos pedidos para tirar fotos nós recebemos e de quantas pessoas tentaram nos levar para uma loja ou um restaurante. Mas sobrevivemos e depois disso eu ainda voltei algumas vezes para a Índia, mas sempre acompanhada de amigos (homens).

Mas contei esta história toda para dizer que nós, mulheres, podemos e devemos viajar sozinhas sim. Claro que há países que são mais tranquilos do que outros, mas tomando alguns cuidados básicos podemos ir para onde nosso desejo nos levar.  Eu confesso que gosto mais de viajar acompanhada (não por medo), mas nunca o fato de estar sozinha _e de ser mulher_ foi empecilho para eu viajar.

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Se você, assim como eu, quer explorar este mundão maravilhoso e está sem companhia, aqui vão algumas dicas que vão tornar sua viagem mais segura e, consequentemente, mais prazerosa.

 

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1. Vista-se como os locais

Fazer o tipo turista sem noção não é legal nunca, muito menos se você é uma mulher viajando sozinha. Por isso preste atenção à cultura local e à maneira como os locais se vestem. Alguns países do Oriente Médio e da Ásia são mais ocidentalizados neste sentido e só exigem que as mulheres estejam mais cobertas para visitar templos ou mesquitas, por exemplo. Mas fique atenta para não sair de shortinho e camiseta regata dependendo de onde está. Saias mais longas, blusas sem decotes e uma echarpe são sempre bem-vindas. Dar bandeira de turista também pode ser um atrativo para pequenos furtos, portanto evite demonstrar que está perdida em lugares que não se sinta segura.

2. Confie nos seus instintos e use o bom senso

Dizem que nós temos o tal do sexto sentido. E acho que temos mesmo. Aprenda a ouvi-lo e não se coloque em situações em que você não se sinta totalmente confortável e segura. Longas caminhadas à noite? Melhor evitar, mesmo que seja em uma cidade grande. Transporte público à noite? Talvez não seja a melhor opção. Gaste um dinheirinho a mais e vá de Uber, por exemplo. Se resolver sair sozinha à noite, não aceite bebidas de estranhos nem exagere na quantidade para não se tornar um alvo fácil. Enfim, esteja sempre atenta ao que acontece ao seu redor e não tenha medo de ter medo. Melhor prevenir do que remediar!

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3. Seja (ou aparente ser) confiante

Confesso que sou meio bicho do mato e uso esta regrinha não só quando estou viajando sozinha, mas em várias situações no dia a dia. Ande como se tivesse sempre um objetivo à cumprir, como se estivesse sempre indo a algum lugar, com hora marcada. Exale confiança e as pessoas vão te respeitar. E não se espante se alguém vier lhe pedir informações como se você fosse local 😉 Outra dica boa é usar a tática Michael Jordan e ter um fone de ouvido na bolsa. Assim, mesmo que não esteja ouvindo nada, ele vai ser bastante útil quando você não quiser responder àquela piadinha boba ou bater papo com um desconhecido enquanto espera numa fila. Se estiver ouvindo música, não deixe o volume muito alto para ouvir o que acontece ao seu redor.

4. Planeje sua chegada

Duas dicas importantes. Tente sempre chegar ao seu destino durante o dia. Assim, mesmo que você se perca, terá mais gente na rua para te ajudar e estará (teoricamente) mais segura. Outra dica importante é sempre tentar reservar um transfer do aeroporto para o hotel. Assim você chegará despreocupada sabendo que há alguém do hotel te esperando e evita que taxistas tentem lhe dar golpes.

5. Faça e divulgue seus planos

Seja mandando uma cópia de seus hotéis e destinos para a família e amigos ou fazendo postagens nas redes sociais é sempre bom que mais gente saiba por onde você anda. Outra coisa importante de planejar seus itinerários é que você não vai ficar zanzando perdida por áreas que não deveria. Tendo seu roteiro mais ou menos planejado você pode também já pensar nos deslocamentos e os locais a serem evitados.

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6. Alguns países são mais amigáveis que outros

Se você nunca viajou sozinha, comece por locais onde sabe que as mulheres estarão mais seguras. Países como Nova Zelândia, Austrália, Canadá, EUA, Cingapura, Vietnã, Japão, Islândia e Finlândia, por exemplo, são apostas certeiras. No Oriente Médio, Omã e Catar são boas escolhas. Nunca tive problemas em países como Turquia, que muitas mulheres reclamam, ou nos Emirados Árabes, por exemplo. A única vez que me senti um pouco “observada” foi uma vez que estava usando uma camiseta regata no Bahrein. Por sorte estava com alguns amigos homens e logo segurei no braço de um deles. Conheço mulheres que colocam um anel como se fosse aliança para evitar qualquer tipo de assédio.

7. Leve pouca bagagem

Você pode até ser super sarada e ter um bíceps de dar inveja, mas poucas coisas são mais desagradáveis do que ficar arrastando malas pra cima e pra baixo. Tenho uma amiga que sempre diz que só leva o que consegue carregar sozinha. Acho um ótimo parâmetro pra saber se estou levando coisas demais na mala. A não ser que você queira fazer o tipo donzela indefesa, faça sua mala com inteligência.

E você, costuma viajar sozinha? Já teve problemas? Tem alguma outra dica?

 

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