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A invenção de Dan Brown por Umberto Eco e outras histórias

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Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 ago 2018, 00h18 - Publicado em 6 Maio 2010, 23h50

“Eu inventei Dan Brown”, diz o escritor Umberto Eco. A frase é boa e não pode ficar de fora do texto, deve pensar o jovem entrevistador Ben Naparstek, australiano de 24 anos que já colaborou para mais de 40 periódicos e hoje edita a revista The Monthly, em Melbourne. De fato, a declaração entra para o perfil do intelectual italiano que Naparstek publicaria pela primeira vez em 2007 e mais tarde, novamente, no livro Encontros com 40 Grandes Autores (tradução de Elisa Nazarian; Leya; 247 pág.; 39,90 reais), a partir deste mês no país.

A frase entra precedida de uma explicação. O autor do best-seller O Código da Vinci não é discípulo de Eco. E, se já pretendeu sê-lo, foi certamente rechaçado. “Ele é um dos personagens grotescos do meu romance que levam a sério um monte de material estúpido sobre ocultismo”, segue o escritor italiano, citando o livro Pêndulo de Foucault, projeto que brinca com teorias conspiratórias e que teve início com uma pesquisa entre 1.500 livros de ocultismo reunidos pelo autor. “Ele usou grande parte do material.”

Da breve estatura de seus 20 e poucos anos, Naparstek parece se sair bem diante de Eco e de outros grandes nomes presentes entre os 40 selecionados para o seu primeiro livro. Dividida em duas partes, uma de autores de ficção e outra de não-ficção, a obra reúne escritores como Toni Morrison, Noam Chomsky, Robert Fisk, Carlos Fuentes, José Saramago e Paul Auster.

De Saramago, por exemplo, o jovem australiano extrai declarações interessantes sobre o estilo – “Meu estilo começou em 1979, quando eu estava escrevendo Levantado do Chão. O mundo que eu descrevia era o Portugal rural, durante os primeiros dois terços do século passado – um mundo no qual a cultura de contar histórias predominava, e eram passadas de geração a geração, sem que se usasse a palavra escrita.”

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E de Auster, para citarmos uma terceira entrevista, ouve um bonito elogio à imprevisibilidade da vida – a grande musa do americano. “Como é possível pensar o mundo sem considerar o imprevisto, o desconhecido, a sorte inesperada? Algumas vezes conseguimos realizar planos, mas muitas vezes isso não acontece, algo interfere. É aí que as histórias começam.”

Maria Carolina Maia

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