Pesquisas: Bolsonaro vai de mal a pior
Na avaliação de Antonio Lavareda, o eleitor perguntará na hora de votar em 2022: “o que você fez por mim na pandemia?” No caso do presidente, nada
Não é a primeira vez que esta coluna analisa as pesquisas de popularidade mostrando como o presidente Jair Bolsonaro vem perdendo apoio em consequência dos seus próprios erros: seja na condução da pandemia, seja na condução da economia.
Nesta terça-feira, 17, pesquisa XP-Ipespe mostra que a popularidade do seu governo continua em queda. Como mostrou o Radar, depois de chegar a 52% de “ruim e péssimo” na rodada de julho, a pesquisa de agosto mostra agora que esses são 54%.
A insatisfação vem acompanhada de uma piora real na percepção da direção da economia. O grupo dos que veem a economia no caminho errado, que diminuíram a partir de abril, cresceu novamente 4 pontos percentuais e chegou a 63%,
É muito fácil notar que se Bolsonaro tivesse investido na vacinação em massa, e não na imunidade de rebanho e no tratamento precoce, a economia estaria vivendo um movimento em V – uma queda exponencial, mas seguida de uma subida vertiginosa.
Empacamos por responsabilidade do líder do executivo e da escolha política que ele fez de minimizar um vírus que matou mais no Brasil em um ano e meio que o talibã desde o início da guerra no Afeganistão.
Nesse aspecto, vale lembrar a avaliação do competente cientista político Antonio Lavareda, que já ano passado avaliava que em 2022 o eleitor perguntará na hora de votar: “o que você fez por mim na pandemia?”
No caso de Bolsonaro, nada. É por isso que, em matéria de rejeição, 61% dos entrevistados dizem que não votariam em Bolsonaro “de jeito nenhum”. Já os de Lula chegam a 45% dos entrevistados. O atual presidente colhe o que plantou.