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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Os detalhes dos ataques aos governadores no fim de semana

Em audiência, chefes dos estados condenam ataques sofridos por colegas que intensificaram medidas restritivas para conter a pandemia

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 mar 2021, 10h22 - Publicado em 17 mar 2021, 10h17

Durante uma audiência da Comissão Temporária para discutir a Covid-19 realizada no Senado, governadores reagiram contra os violentos protestos realizados no último fim de semana contra as medidas de isolamento social adotadas nos estados.

O caso do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ultrapassou todos os limites. No último domingo, um grupo de manifestantes pró-presidente Jair Bolsonaro foi até a casa da mãe de Casagrande, Anna Venturim, uma senhora de 88 anos, com problemas de saúde, onde fizeram fortes ameaças. Como reação, o governador publicou um vídeo em suas redes sociais criticando a agressividade e citando suas comorbidades. “É inaceitável irem até a residência de minha mãe, uma idosa de 88 anos, com diversas comorbidades, com atitudes agressivas, colocando em risco a vida dela”, enfatizou.

O episódio provocou a reação de alguns governadores, que também vêm sofrendo ataques após imporem medidas restritivas para enfrentar a Covid-19. Um deles foi o governador do Maranhão, Flávio Dino, que destacou a real necessidade de tentar frear a pandemia apostando no distanciamento social, mesmo que isso afete a economia temporariamente.

“Ora, quem de nós gostaria de impor medidas limitativas, restritivas à livre iniciativa, à atividade econômica? Nenhum de nós, por várias razões, como por convicções políticas e administrativas e por inteligência gerencial, uma vez que nós sabemos que isso, por exemplo, impacta nas arrecadações, já que o principal tributo estadual, desde sempre, é o ICMS. Então, quando você restringe a atividade econômica e diminui vendas, você diminui a arrecadação dos Estados e, portanto, cria constrangimentos fiscais para as unidades nacionais. Essa é mais uma prova de que não se cuida de uma espécie de opção. Há uma imposição da conjuntura ditada pelos princípios, pelos postulados científicos! Parece que há aqueles que acreditam que a Terra é plana e que o vírus não se propaga – são crenças equivalentes”, ressaltou.

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O governador de São Paulo, João Dória, também detalhou como foram os protestos contra ele e sua família no final de semana. Segundo ele, uma determinação do gabinete do ódio, fazendo uma referência aos ataques coordenados pela milícia digital do Palácio do Planalto.

“Neste final de semana, durante três horas na frente da minha casa… Eu não vivo aqui no Palácio dos Bandeirantes; eu poderia fazê-lo, mas preferi manter a minha residência onde sempre vivi e onde continuo a viver com meus filhos e com a minha esposa. Ouvi xingamentos e ameaças durante três horas sucessivas. Ninguém na minha casa podia chegar nem sair. E não foi diferente nos demais Estados do país. Isso foi um instrumento deliberado a partir do “gabinete do ódio” de Brasília. É repugnante, é odioso que este clima prevaleça no país diante de uma circunstância tão grave”.

De acordo com a senadora Zenaide Maia (PROS-RN), outra vítima de agressões foi a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que, assim como Dória, ouviu ameaças e xingamentos de manifestantes que foram até a sua casa protestar contra as medidas protetivas. Ela determinou toque de recolher integralmente nos domingos e das 20h às 6h nos demais dias da semana.

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“A Governadora do Rio Grande do Norte, também aqui, está tendo carreata feita pelos apoiadores de Jair Bolsonaro, que estão indo até a casa dela agredir porque ela está tomando medidas de isolamento social para salvar vidas”, contou a parlamentar.

O governador gaúcho, Eduardo Leite, que vem sendo considerado uma liderança de destaque no cenário nacional, também foi alvo de protestos. Em Porto Alegre, o grupo pró-Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a volta do Exército, fazendo uma referência à ditadura militar, e a saída do governador.

Ser contra as ações de um governante é normal e o direito de protestar é totalmente legítimo, mas quando os manifestantes perdem o bom senso, perdem a razão.

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