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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O real plano de Bolsonaro para o 7 de Setembro

Com a popularidade em baixa, o presidente quer colocar o país em uma nova armadilha. Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 ago 2021, 08h54

Não estou na fila daqueles que veem o próximo 7 de setembro como “o início do golpe”. Posso estar sendo ingênuo, mas faço um olhar mais pragmático: o presidente Jair Bolsonaro quer apenas manter uma narrativa política para os seus seguidores já convertidos.

Ou seja, para o grupo de 15% de brasileiros que, surpreendentemente, ainda o apoiam. Aliás, o presidente há muito tempo só fala para eles e mais ninguém. Não governa para o país, e sim de costas para o Brasil, olhando apenas para os seus radicais.

Dito isto, fica claro o seguinte: Bolsonaro não está somente dizendo que vai participar dos atos do dia 7 de setembro. Ele está fazendo propaganda, é o principal mobilizador, estimulador e coordenador do evento. Bolsonaro criou para o país uma expectativa em relação ao próximo dia 7.

Com a visibilidade de um presidente, falando o tempo todo do Dia da Independência, Bolsonaro assumiu ser, na verdade, o chefe desta mobilização que trata de pautas ultrapassadas, como a discussão sobre o voto impresso. Vamos dar nome aos bois. A última dele, como mostrou o Radar, é a de dizer que os atos da próxima semana serão pela defesa da “liberdade de expressão”.

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Ocorre que os outros grupos políticos querem e têm o direito de se manifestar. Mas, em São Paulo, onde Bolsonaro promete estar presente, pode ser sim perigoso.

Parece-me que tudo que o presidente quer agora é um confronto nas ruas. Isso para poder justificar suas propostas injustificáveis e antidemocráticas.

Aliás, ninguém aguenta mais o clima criado pelo presidente da República no país. Parece o tempo todo desejar uma guerra civil – vide a frase do fuzil e do feijão. A nossa jovem democracia não merece um Dia da Independência com confrontos após 17 meses de pandemia.

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Apesar da proibição do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), uma decisão da Justiça concedida nesta segunda-feira, 30, garantiu a possibilidade de manifestações de grupos opositores ao presidente no mesmo dia. O governador não vai recorrer da decisão, mas está preocupado.

“Nós não queremos é um encontro dos que são a favor e dos que são contra [o presidente], isso seria nocivo e colocaria em risco a integridade até física dos manifestantes”, afirmou Doria.

Entidades ligadas ao agronegócio também se posicionaram com medo de confrontos, após criticarem claramente o presidente pelo tensionamento que ele causa no país. Em manifesto, pediram “paz e tranquilidade” e “respeitoso entre ideias que se antepõem, sem qualquer tipo de violência entre pessoas ou grupos”.

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O melhor seria que as outras frentes políticas evitassem se manifestar no próximo dia 7 de setembro. O país já caiu em armadilhas demais criadas por Jair Bolsonaro.

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