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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que está por trás do novo ataque de Silas Malafaia

A briga entre o pastor, Ciro Nogueira, Renan Calheiros e Jair Bolsonaro em torno da indicação de André Mendonça

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 out 2021, 10h50

Que o pastor Silas Malafaia quer mandar no presidente Jair Bolsonaro todos sabemos desde de 2018. Foi neste ano, e nessas eleições polarizadas, que as igrejas evangélicas brasileiras, em sua maioria, se contaminaram na política, transformando púlpitos em palanques.

Mas Silas sempre consegue se superar. Desta vez, resolveu expor um movimento político estratégico do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que se reuniu com o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, para negociar a possibilidade de outro evangélico ser indicado para o Supremo, após o nome de André Mendonça travar.

“O ministro da Casa Civil [Ciro Nogueira], um dos mais importantes cargos políticos, vai jantar com Renan Calheiros? […] O cara que quer destruir Bolsonaro por interesses políticos”, afirmou o pastor Silas Malafaia.

Como mostrou a coluna, o Palácio do Planalto já busca outro nome para o caso de o pastor André Mendonça não conseguir se viabilizar como ministro do STF. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, responsável por organizar a sabatina do indicado, está tentando barrar o nome do pastor.

Além de Alcolumbre, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também não estaria fazendo nenhum esforço pela sabatina. As atitudes impulsivas e as declarações polêmicas de Bolsonaro estariam deixando Pacheco chateado e sem vontade de ajudar o presidente.

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O nome que Ciro Nogueira tenta emplacar, com a ajuda de Renan Calheiros, é o do presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, que tem rejeitado a sondagem de seu nome, como mostrou o Radar, de Robson Bonin.

Ou seja, é a política como ela é em Brasília. Acertos, conchavos, reuniões com adversários. O único fator estranho é um pastor – este Silas Malafaia – querendo mandar no presidente da República e em seu governo. Incompetente governo, diga-se de passagem, como mostra a coluna quase que diariamente.

O fato é o seguinte: quando Malafaia exige que seja não apenas um evangélico, mas sim o Mendonça, transforma o possível futuro ministro em prisioneiro da bancada. André Mendonça já disse que se submeterá a esse grupo de pastores. E isso o torna ainda mais inadequado para o cargo. Ministros do Supremo podem ter qualquer religião, mas é perigoso para o país quando em vez de se submeter à Constituição, ele jura obediência a um grupo de interesses.

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