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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O dia devastador na CPI para Bolsonaro e para o Brasil

A Comissão e o país choraram: histórias chocantes mostram a dor das vítimas da pandemia, menos para o presidente...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 out 2021, 13h22

Qual o sofrimento maior? Não tem. Mas alguns deixaram o país zonzo enquanto a CPI da Pandemia prepara a leitura de seu relatório final. Nesta segunda, 18, os brasileiros viram e ouviram, chocados, detalhes do sofrimento vivido por aqueles que perderam parentes para o coronavírus.

A sessão no Senado foi devastadora para o governo, para o presidente Jair Bolsonaro e para o país. A dor sincera e profunda de cada depoente foi agravada pela falta de consolo por parte do líder do país. Como disse o fundador e presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Alves de Sá Costa, “jamais o vimos [Bolsonaro] derramar lágrima de compaixão ou expressar profundo pesar pelo povo brasileiro”.

Histórias dolorosas de brasileiros que não tiveram tempo de viver o luto e assumiram responsabilidades enormes em meio ao sofrimento. O que dizer da jovem de 19 que perdeu o pai e a mãe num intervalo de 14 dias e assumiu a guarda da irmã de 11 anos?

“Eu precisava da minha irmã e ela precisava de mim. Eu me apoiei nela e ela se apoiou em mim”, declarou Giovanna Gomes Mendes da Silva. Uma mulher que acabou de sair da adolescência terá que lidar com a dor da perda e com a responsabilidade de cuidar da família que ficou.

E o que falar sobre a enfermeira que vai assumir os quatro filhos deixados por sua irmã enquanto tenta exercer sua profissão? “Todos os dias, nós víamos dez pessoas morrerem na nossa frente, agonizando. Elas entravam e morriam”, disse a enfermeira Mayra Lima.

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Como imaginar o sofrimento de uma mulher que teve que procurar o corpo do pai dentro de um saco com vários outros corpos? A filha teve que colocar o corpo do próprio pai no caixão.

Só quem passou pelo sofrimento sabe mensurar a dor que sente neste momento. Ao ouvir os depoimentos, fica ainda mais evidente a crueldade com a qual o presidente da República lidou com a pandemia desde o início da crise. As piadas, a negação da gravidade da situação, o descaso com a dor alheia…

O relatório final da CPI ainda não foi divulgado. Ainda não se sabe qual será o desfecho dos trabalhos dos senadores, mas ontem os brasileiros tiveram contato direto com a dor genuína dessas vítimas que representaram outras milhares de pessoas que ainda tentam superar a perda e seguir em frente.

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