MST ressurge e com uma crítica sólida a candidato da OAB
Eduardo Imbiriba advogou para acusados de matar a missionária Dorothy Stang, em 2005, e agora quer presidir seccional da Ordem
Um dos candidatos a presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, Eduardo Imbiriba, começou a enfrentar um movimento de oposição a seu nome.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que tem perdido relevância de modo acelerado depois que o PT deixou o governo federal, e o Comitê Dorothy, entidade civil formada para cobrar justiça pela morte da missionária assassinada em 2005, estão entre as organizações que assinaram uma nota de repúdio ao nome de Imbiriba.
Em nota, as entidades afirmam que não têm “nada contra a atuação do advogado na defesa dos réus” e que “todos têm direito à ampla defesa, qualquer que seja o crime porventura cometido”. Mas dizem que “a postura do sr. Eduardo Imbiriba, neste rumoroso caso, foi muito além dos limites delineados pela ética na advocacia, chegando às raias de praticar ações inescrupulosas, buscando incessantemente o silêncio de alguns acusados com ameaças veladas, tudo para proteger os poderosos, nunca ou quase sempre não escolhidos pelo sistema penal”.
O movimento contrário à candidatura de Imbiriba à presidência da OAB do Pará tem apoio do MST, do Comitê Dorothy, das Irmãs de Notre Dame de Namur, do Centro Alternativo de Cultura, da Comissão Pastoral da Terra e da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos.