Guia ajuda empresas a implementar prevenção aos riscos climáticos
CNI disponibiliza publicação e sugere metodologia criada na Universidade de Oxford
A mudança climática provoca prejuízo às empresas. É o que alerta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Fenômenos como deslizamentos de terra e inundações prejudicam não apenas parte da população, mas também têm impacto direto sobre companhias que precisam lidar com riscos de desabastecimento de água e outros problemas, como danos aos seus ativos.
Para ajudar as empresas a incluírem uma cultura de prevenção e gerenciamento de risco climático em sua rotina, foi criada a publicação “Indústria Resiliente – Um Guia para a Indústria se Adaptar aos Impactos da Mudança do Clima – Diretrizes Gerais”.
O projeto está sendo disponibilizado pela CNI, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). Segundo a CNI, há uma tendência de crescimento nos investimentos de projetos para adaptação à mudança climática. Entre 2017 e 2018, foram aplicados US$ 30 bilhões nessas ações em todo o mundo, 35% a mais que no período de 2015 a 2016, quando foram investidos US$ 22 bilhões nessas iniciativas.
O guia Indústria Resiliente sugere a aplicação da metodologia criada pela United Kingdom Climate Impacts Programme (UKCIP), da Universidade de Oxford, pelas empresas. O método usa ferramentas de gestão da qualidade e de risco para inserir a cultura de prevenção dentro das organizações.
O objetivo da publicação é minimizar os prejuízos causados por desastres ambientais. Relatório da seguradora AON mostra que, em 2019, houve 409 desastres naturais em todo o mundo que resultaram em perdas econômicas de US$ 232 bilhões. De acordo com estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil, entre 1995 e 2014, houve 1.848 eventos relacionados à mudança climática, que geraram prejuízos de aproximadamente US$ 1 bilhão.