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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Duas novas vitórias e uma grande derrota para Bolsonaro

Ganhos políticos parciais e uma grande perda na economia. Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 dez 2021, 14h50 - Publicado em 2 dez 2021, 14h50

A maior vitória política da semana para Jair Bolsonaro é a aprovação de André Mendonça, o homem terrivelmente evangélico, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, chegou a dizer que tinha voto para derrotar a indicação, o que seria um fato inédito e uma derrota política sem precedentes para um chefe de estado brasileiro.

Mas, mesmo com número de votos menor da história para a aprovação de um ministro do STF, Bolsonaro venceu e pôde dizer aos evangélicos, uma de suas bases mais fiéis, que cumpriu sua promessa de campanha. Foi o que ele fez na noite de quarta, 1. 

Mais do que isso, a posse deve ser dia 16. Antes do fim do ano ele terá outro ministro no Supremo para chamar de seu, ainda mais no caso de André Mendonça. Agora poderá dizer que tem 20% do STF e se outro mandato lhe for dado serão outros 20%.

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Uma vitória política de Bolsonaro no início da semana foi a aprovação de um projeto de resolução que preserva ao máximo o sigilo do orçamento secreto, inclusive apoiado por integrantes de partidos que não são da base do governo. As emendas do relator seriam mantidas segundo esse projeto e num nível alto, de quase R$ 17 bilhões. 

Com elas em vigor, Jair Bolsonaro manterá os meios para a costura do apoio político no Congresso em vigor. O problema é que o STF tinha mandado dar transparência e equidade na distribuição dessas verbas, e o Congresso aprovou algo no sentido oposto. Falta resolver esse conflito institucional.

O presidente da República também conseguiu recentemente um partido para chamar de seu, o PL, apesar de ser uma fratura exposta de revogação do que Bolsonaro defendeu em sua campanha politica de 2018, como alertado na coluna. Mas a cara de pau é tão grande que ao lado de Valdemar Costa Neto, o filho do presidente, Flávio, criticou o “ex-presidiário”, como se refere a Lula. Só que Costa Neto foi preso no escândalo do mensalão do PT.

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Para completar a lista de vitórias políticas de Bolsonaro, a PEC dos Precatórios foi aprovada em primeiro turno com votação consagradora. A bolsa de valores está até subindo hoje para comemorar porque os operadores consideram que a alternativa a ela era pior.

A PEC dos precatórios dá o calote e fura o teto, mas gera esperança ao mercado. Bem típico do Brasil. E qual a importância política para Bolsonaro com essa aprovação da PEC? A abertura de espaço para a demagogia política com o Auxílio Brasil. Ou seja, falar que tem um programa social, além de abrir espaço para gastar mais no ano que vem. O governo teve que ceder muito, mas está sendo aprovada.

A derrota do governo é na economia. Nesta quinta, 2, saiu o resultado do PIB do terceiro trimestre, que, no começo do ano, a expectativa é que fosse mostrar uma recuperação forte, por causa da retomada de atividade com a diminuição dos casos de Covid. Acabou negativo de 0,1%. E como o segundo semestre foi uma queda de 0,4%, o país está oficialmente agora no que os economistas chamam de recessão técnica.

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Quando ocorrem dois trimestres seguidos de queda já é considerado uma recessão técnica. Podemos dizer que as projeções dos economistas não são de melhora, mas sim de continuação do ambiente de estagnação econômica. Isso sem contar que a inflação não tem dado trégua, e os juros vão subir de novo na semana que vem.

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