Governador explica por que ES não fez o aborto de menina de 10 anos
Risco de contaminação por Covid-19 fez o estado escolher hospital em Pernambuco
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, conta que a menina estuprada pelo tio na cidade de São Mateus e que, aos 10 anos, engravidou, teve sim apoio do governo estadual. Em resposta às críticas, o político afirma que ela só não foi levada para Uberlândia, no interior do Estado de Minas Gerais, porque havia muitos pacientes contaminados com a Covid-19. Esse foi o primeiro lugar a ser procurado pela secretaria de Saúde do Espírito Santo.
Para protegê-la do risco causado pela pandemia, a secretaria do estado procurou, então, Pernambuco. O atendimento a ela não foi feito no Espírito Santo porque, segundo o governador, o procedimento – conhecido como infusão KLC, para interromper a gravidez – não é feito em nenhum hospital do estado após 22 semanas de gestação . “A secretaria de saúde executou a decisão judicial que foi solicitada pelo Ministério Público”, disse ele.
“O procedimento específico infusão KCL [injeção letal] não tem nenhum hospital no Estado que faça o procedimento. Eles [hospitais do estado] só fazem isso até 22 semanas de gestação. A secretaria de saúde buscou uma alternativa. Primeiro buscou Uberlandia [MG], mas muitos pacientes com a Covid estavam lá. Não aceitaram. Aí foi feito o contato com outro hospital referência, que foi em Recife. Demos toda a proteção à menina e à família”, garante. Entenda aqui de que forma o procedimento foi realizado no estado de Pernambuco.