A resposta de Bolsonaro à CPI
O presidente deu respostas importantes em transmissão ao vivo
O presidente Jair Bolsonaro pode até ter alterado o tom de voz e dito que não responderá a CPI da Covid dizendo “caguei”, mas na transmissão ao vivo realizada em sua rede social nesta quinta, 8, acabou respondendo questões cruciais para as investigações.
Depois de afirmar que não responderia “nada para esse tipo de gente” e de ofender alguns senadores da comissão, Bolsonaro negou que tenha havido superfaturamento na compra da Covaxin. Embora os depoimentos apontem para irregularidades, o presidente critica a “narrativa” criada na Comissão.
Em outro momento, o presidente voltou a defender o tratamento precoce. Afirmou que há um estudo apontando que a Ivermectina reduz as mortes por Covid em 56% e disse que “mais cedo ou mais tarde vai ser comprovado cientificamente com toda certeza o uso da ivermectina no tratamento precoce”.
Bolsonaro também falou sobre a liberação do uso de máscara para quem já foi vacinado. Mesmo com evidências de que vacinados ainda podem transmitir o vírus, o presidente insiste no assunto. Segundo ele, o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) está calculando qual percentual da população deve estar vacinada para desobrigar o uso.
Sobre as vacinas, o presidente destacou que, no que depender dele, elas não serão obrigatórias. E voltou a dizer que não comprou vacinas no ano passado porque outros países também não compraram (pela falta de certeza da eficácia). Outro ponto de insistência do governo que comprovadamente rejeitou propostas de compra de vacinas em 2020.