A frente fria que o governo Bolsonaro vai enfrentar na economia
2022 pode ser destruidor para a imagem do presidente
Até agora, por tudo o que os economistas têm dito, o ano que vem na economia será uma frente fria para um presidente que está impopular e que vai tentar a reeleição.
E essa avaliação está presente até entre economistas do próprio governo. O Ministério da Economia divulgou na manhã desta quinta-feira, 16, as suas novas previsões para a economia do ano que vem.
A pasta está apostando em um crescimento em 2022 de 2,5%. E se não for isso? Aí a arrecadação será muito menor. Nesse caso específico, o governo está sozinho na conta otimista.
O mercado todo está revendo para baixo a previsão de crescimento. Quando o governo acredita nesse cenário, ele prevê uma receita maior. Que pode não acontecer.
Tem um ponto que mostra que a vida de quem precisa fechar e executar o orçamento será mais difícil. A inflação de 2021 foi revista para cima.
O INPC foi para 8,4% e o IPCA para 7,9%. Isso, em bom português, significa que o governo não tem mais o dinheiro extra que ele pensava ter para gastar no ano que vem, e que os economistas chamam de “espaço fiscal”.
Pelas novas contas do próprio Ministério, ele acabou. Mas tem algo pior. A inflação terá que cair ao longo de 2022. E isso será conseguido só com juros altos.