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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A estratégia de Alcolumbre que tira o sono de Bolsonaro e evangélicos

Senador reage aos ataques e não cede aos caprichos do presidente e da bancada gospel

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 out 2021, 11h43

Mais uma vez, as declarações explosivas do presidente Jair Bolsonaro atrapalharam seus planos em vez de ajudar.

Nesta semana, o presidente culpou o senador Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, pela demora em marcar a sabatina que vai analisar o nome de André Mendonça para o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A fala de Bolsonaro irritou Alcolumbre e motivou o senador a emitir uma nota à imprensa se defendendo dos ataques que estaria recebendo. “Não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”, escreveu o senador.

Motivados pela rebeldia do presidente da República, evangélicos que já estavam se sentindo traídos com a demora do Senado em aprovar o nome de Mendonça, intensificaram os ataques a Alcolumbre. Uma atitude típica de quem segue Bolsonaro e se espelha em sua postura ofensiva.

“Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa”, afirma Alcolumbre.

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A nota do senador é forte e mostra que ele não vai ser intimidado pelo que Bolsonaro fala em público. O ex-presidente do Senado deixou claro que não vai apressar a pauta para ceder ao que Bolsonaro quer.

Nos bastidores, o movimento de Alcolumbre é visto por alguns como uma estratégia. O senador estaria tentando adiar ao máximo a sabatina para que a indicação perca a validade e o novo ministro do STF seja indicado pelo próximo presidente da República.

Isso aconteceu nos Estados Unidos, mas é uma manobra arriscada, afinal 2023 está bem longe. Alcolumbre não deve conseguir atrasar tanto a decisão, mas pode conseguir que Bolsonaro indique outro nome e assuma a derrota em relação a André Mendonça.

Davi Alcolumbre mostra que está pessoalmente ofendido com os ataques e não parece disposto a colaborar com Bolsonaro. Mais uma vez, o caminho do presidente fica difícil por causa de seu comportamento agressivo e de sua falta de capacidade de lidar de forma amigável com as autoridade que trabalham pelo país.

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