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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Vitória nas prévias representa triunfo de Doria sobre os caciques do PSDB

Governador de SP obteve 53,99% dos votos e foi indicado candidato a presidente mesmo tendo a resistência de medalhões do partido como Tasso, Aécio e Alckmin

Por Da Redação 27 nov 2021, 21h51

A vitória do governador de São Paulo, João Doria, nas prévias presidenciais do PSDB não significou pouca coisa: o tucano paulista venceu superando a campanha contrária de alguns dos principais nomes da velha guarda da legenda.

O principal deles foi o deputado federal Aécio Neves (MG), que esteve absolutamente empenhado em derrotar Doria e ajudar a eleger o governador Eduardo Leite (RS). O mineiro acreditava que com o gaúcho seria mais fácil realizar o seu desejo de que o partido não tivesse candidato à Presidência em 2022. Aécio prefere que o dinheiro do Fundo Eleitoral seja usado nas campanhas de deputados.

Tasso e Aécio
Tasso e Aécio: senador e deputado são acusados pelo grupo de Doria de tentar impedir que o partido tenha candidato próprio ao Planalto (Reprodução/Reprodução)

Outro cacique derrotado foi o senador Tasso Jereissati (CE), que também apoiou Eduardo Leite e que chegou até a ensaiar o lançamento de sua pré-candidatura às prévias só para tentar impedir a vitória de Doria.

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O ex-governador Geraldo Alckmin: movimentação intensa nos bastidores não foi suficiente para fazer com que Eduardo Leite derrotasse o seu desafeto João Doria (Júlio Zerbatto/Futura Press)

Também sofre uma derrota doída – talvez a mais doída – o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que já foi padrinho de Doria, mas hoje é talvez o seu principal inimigo em São Paulo. Alckmin quer ser candidato ao governo do estado, mas Doria fechou-lhe a porta ao dar a vaga para o seu vice, Rodrigo Garcia. Alckmin não perdoou, se envolveu diretamente na campanha de Leite no estado e agora, derrotado, deve sair do partido que ajudou a fundar – provavelmente para o PSD ou o União Brasil. Há quem especule também que ele possa ir para o PSB e entrar na negociação com a campanha de Lula, mas isso é altamente improvável.

Entre os caciques da legenda, Doria teve o apoio de última hora do senador José Serra e declarações simpáticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – nenhum deles, no entanto, se envolveu de fato na tensa disputa que marcou as prévias do partido.

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Agora, Doria, ironicamente, se transformou no principal cacique do partido. É, afinal, o candidato da legenda para tentar voltar ao Palácio do Planalto, que ocupou entre 1995 e 2002. A primeira tarefa do governador paulista, no entanto, vai ser cicatrizar as feridas na legenda – iniciativa que já sinalizou ontem, ao citar em seu discurso da vitória nomes históricos da legenda como FHC, Mário Covas, Franco Montoro, José Serra e, sim, Alckmin, a quem elogiou.

Com a velha guarda do partido enfraquecida e com a vitória sobre Leite, que poderia ser uma nova força no partido, Doria vai tentar juntar os cacos do PSDB e levar a legenda na condição de protagonista à mesa de negociação com os partidos de centro que tentam construir uma terceira via entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. Doria, claro, vai querer a cabeça de chapa. Fácil não será. Mas o seu triunfo nas prévias amplia o seu capital político e o coloca de vez no intrincado xadrez da sucessão presidencial.

 

 

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