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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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TSE desmente Bolsonaro em tempo-real durante ‘live’

Presidente prometeu ao longo do dia apresentar provas de que houve fraudes nas eleições. Na ‘live’, porém, ele disse: “Não temos provas, mas indícios”

Por Reynaldo Turollo Jr. Atualizado em 29 jul 2021, 21h41 - Publicado em 29 jul 2021, 19h25

No início da noite desta quinta-feira, 29, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falava em sua ‘live’ semanal nas redes sociais que as urnas eletrônicas não são confiáveis, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgava desmentidos em tempo real. Bolsonaro voltou a criticar o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. “É justo quem tirou o Lula da cadeia ser o mesmo que vai contar os votos numa sala secreta no TSE?”, disse o presidente.

O TSE imediatamente reiterou nota publicada em seu site na quinta-feira passada, 22. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclarece que é falsa a afirmação de que ‘a apuração dos votos é feita por meia dúzia de pessoas, de forma secreta (…) em uma sala lá do TSE’. Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”, diz o texto.

O presidente prometeu ao longo do dia apresentar provas de que houve fraudes nas eleições de 2014 e 2018. Na ‘live’, porém, ele disse: “Não temos provas, mas indícios”, e argumentou que muitos crimes são desvendados a partir da análise de uma série de indícios, mesmo sem a existência de uma prova cabal. Entre alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo relatos de interlocutores, a impressão foi de que a transmissão do presidente não trouxe nada de novo e até enfraqueceu o discurso de Bolsonaro.

O presidente voltou a dizer que só Deus o tira da cadeira, que não quer problemas nas eleições de 2022 e lembrou que, no próximo domingo, 1º, haverá um ato organizado por seus simpatizantes pedindo a voto impresso já nas eleições do ano que vem. O tema é objeto de uma Proposta de Emenda à Constituição em trâmite na Câmara. As chances de aprovação, hoje, são consideradas remotas. O movimento de Bolsonaro contrário às votação eletrônica coincide com a divulgação de pesquisas eleitorais que mostram Lula à frente na disputa de 2022.

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Bolsonaro exibiu um vídeo de um youtuber que se apresenta como Jeterson, programador de sistemas. O youtuber diz que o programador das urnas pode programá-las para registrar os votos erroneamente, trocando os números dos candidatos, por exemplo, a partir de alterações simples no código-fonte. Em novembro de 2020, o Projeto Comprova, que reúne jornalistas de diversos veículos de comunicação para descobrir e investigar informações enganosas, já havia analisado o vídeo do youtuber e concluído que a demonstração que ele faz na tela não é compatível com o sistema usado pelo TSE nas urnas eletrônicas.

Na ocasião, o Comprova ouviu o professor do Instituto de Computação e CIO da Universidade Estadual de Campinas, Paulo Lício de Geus, que afirmou não ser possível programar votos da forma como insinua o youtuber. Conforme o especialista disse ao Comprova, as imagens foram usadas para enganar pessoas que não entendem de computação por meio de um programa de demonstração que não tem relação com o sistema do TSE, exceto na aparência do painel.

Bolsonaro também apresentou vídeos de eleitores alegando terem vivenciado problemas com as urnas no dia da votação. Um defensor da impressão do voto apresentado como Eduardo, que acompanhou o presidente na ‘live’ desta semana, disse que a população não confia no sistema atual. “Ou por experiência ou porque viu alguma coisa na internet ou na TV, o brasileiro não se sente confortável”, disse.

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