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Por José Benedito da Silva
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Rebelde no primeiro turno, deputado do PSB vota contra Previdência

Luiz Flávio Gomes (SP) negou influência do partido, que fechou questão contra PEC, na mudança de opinião: 'Voto de acordo com minhas convicções', disse

Por André Siqueira Atualizado em 7 ago 2019, 20h00 - Publicado em 7 ago 2019, 19h01

Um dos deputados da oposição favorável à reforma da Previdência no primeiro turno de votação, Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) foi o único do grupo de 19 parlamentares do PSB e do PDT que mudou seu voto na madrugada desta quarta-feira, 7, quando o texto-base sobre mudanças no regime previdenciário foi aprovado, em segundo turno, na Câmara dos Deputados.

No primeiro turno de votação, 11 dos 32 deputados da bancada do PSB foram a favor da PEC que altera as regras de aposentadoria. No PDT, por sua vez, oito dos 27 parlamentares contrariam as orientações do partido. Como as legendas fecharam questão contra a reforma da Previdência, eles se tornaram alvo de um processo que pode resultar, por exemplo, na expulsão da legenda.

Questionado por VEJA se foi influenciado pela posição partidária, Gomes foi taxativo: “Nada, absolutamente nada. Eu voto de acordo com as minhas convicções, estou no Parlamento para defender minhas ideias. O partido tem as (ideias) dele, fala em expulsão, mas não concordo com o partido. Se quiser me expulsar, pode me expulsar”.

Para justificar sua mudança, Luiz Flávio Gomes, que fez questão de ressaltar a “importância” da reforma, o texto-base ainda possui “muitas injustiças”. “Eliminamos algumas (injustiças), como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), aposentadoria rural, capitalização, mas algumas ficaram. Regra de transição decente, por exemplo, não tem. Pagamento de benefício menor que um salário mínimo é um absurdo”, disse a VEJA.

O deputado também criticou o “privilégio” para ruralistas e empresas do agronegócio. Na comissão especial da Câmara, a bancada ruralista apresentou um destaque, aprovado por 23 votos a 19, que restabeleceu o benefício tributário – a cobrança do imposto constava no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Com a mudança, a economia prevista pelo governo foi reduzida em 83,9 bilhões de reais. “Um privilégio de 84 bilhões de reais de isenção tributária, não tem cabimento”, afirmou. Ele conta ainda que, durante o recesso parlamentar, foi “à luta” para tentar derrubar a isenção fiscal aos ruralistas, conversou com parlamentares sobre a importância da retirada deste ponto do texto-base, mas não encontrou “ressonância” e “apoio”.

Na avaliação de Luiz Flávio Gomes, a Câmara dos Deputados deve, após a aprovação da reforma da Previdência, “de imediato” passar a discutir o pacote anticrime, idealizado pelo ministro da Justiça Sergio Moro. À lista de prioridades, o deputado também acrescentou a análise da medida provisória (MP) da liberdade econômica e a reforma tributária. “Essa MP vence agora, dia 28 (de agosto), e tem coisas muito interessantes nela. Na sequência, entre setembro e outubro, reforma tributária, esta é outra prioridade sobre a qual devemos nos debruçar”, disse.

Nesta quarta-feira, o PSB emitiu uma nota, assinada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, na qual parabeniza “os deputados que votaram a favor do povo brasileiro” e afirma que os parlamentares que foram favoráveis ao texto-base deverão responder “pelos imensos prejuízos” causados à população.

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