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Por José Benedito da Silva
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PL filia Bolsonaro e deve virar ‘porto seguro’ do bolsonarismo

Cerca de 25 deputados federais que ainda estão abrigados no PSL, além do senador Flávio Bolsonaro, devem acompanhar o presidente rumo ao partido do Centrão

Por Leonardo Lellis Atualizado em 30 nov 2021, 12h58 - Publicado em 30 nov 2021, 07h00

A filiação de Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 30, ao PL de Valdemar Costa Neto, o nono partido de sua carreira, deve desatar um nó que se colocou desde que o presidente anunciou que deixaria o PSL, no final de 2019: o destino de sua base mais fiel e que permanecia no partido por força das regras de fidelidade partidária, que dificulta a troca de legenda sob o risco de perda do mandato, e que estavam angustiados com a demora do presidente em definir uma nova legenda. “Uma filiação é como um casamento. Agora, não seremos marido e mulher: seremos uma família”, disse Bolsonaro a Valdemar, no evento.

Cerca de 25 parlamentares devem deixar o PSL (que tem 54 deputados e dois senadores) após o presidente abrigar-se em uma nova legenda para disputar a reeleição em 2022 — incluindo bolsonaristas alvos de inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para apurar atos antidemocráticos, como Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ), Carlos Jordy (RJ) e Caroline de Toni (SC), todos deputados federais.

A permanência deles no PSL seria um risco aos seus projetos políticos, já que o partido vai se fundir ao DEM para formar o União Brasil, que deverá ter candidato próprio à Presidência da República e que tem entre seus objetivos se afastar do bolsonarismo.

“É natural que, quando se está buscando uma depuração, aqueles que não tenham convergência com o nosso projeto procure outros caminhos”, afirma o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), vice-presidente do partido, que se fundiu ao DEM para formar o União Brasil e não deverá oferecer qualquer resistência a quem quiser acompanhar Bolsonaro. Além da janela partidária, em março, os parlamentares poderão aproveitar a homologação da fusão pelo Tribunal Superior Eleitoral para saírem sem risco de perderem o mandato.

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O senador Flávio Bolsonaro, que chegou a assinar sua filiação ao Patriota em um gesto de aproximação a este partido que acabou não se concretizando, também vai migrar para o PL, um dos partidos que formam a trinca de principais legendas do Centrão ao lado do PP e do Republicanos. Da mesma forma, o PL também deve ser a casa dos outros filhos, Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo) e Carlos Bolsonaro (vereador no Rio de Janeiro).

A ida de Eduardo ao PL, porém, não deve concretizar o desejo de Bolsonaro de ter o controle do diretório do partido em São Paulo. “A mudança da direção estadual não entrou em discussão e não está em pauta. Já temos os compromissos municipais, com pré-candidatos para a próxima eleição e com pessoas que foram eleitas e vão trabalhar por seus parlamentares”, explica o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP).

A situação de São Paulo esteve no centro do recuo da filiação de Bolsonaro, que chegou a ser anunciada para o dia 22 de novembro. Para receber o presidente, o PL teve de abrir mão de um acordo já existente de apoiar a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), vice de João Doria, candidato tucano à presidência. O capitão não aceitava estar em um partido que apoiaria um desafeto político seu.

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