PF gastou R$ 21 mil em operação que prendeu reitor da UFSC
A ação na UFSC mobilizou 112 agentes federais, oito servidores da Controladoria Geral da União e três do Tribunal de Contas
A superintendência da Polícia Federal (PF) em Santa Catarina gastou 21.063 reais em diárias na Operação Ouvidos Moucos, em setembro. Esse tipo de gasto serve para ressarcir despesas, como alimentação ou deslocamento de policiais vinculados a delegacias de fora da cidade onde ocorreram as diligências.
A operação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, mobilizou 112 policiais federais, além oito servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e três do Tribunal de Contas da União (TCU).
O objetivo era apurar desvios para cursos de ensino a distância e, entre outras ações, estava a prisão do reitor Luiz Carlos Cancellier Olivo. Não havia no inquérito qualquer indício ou acusação de que ele fizesse parte do esquema investigado. Sentido-se humilhado, Cancellier se matou em 2 de outubro.
Diante das críticas pelos excessos apontados na operação, policiais federais saíram em defesa da delegada Erika Marena, responsável pelas investigações. Segundo a PF em Santa Catarina, não há nenhum processo administrativo-disciplinar relacionado à operação na superintendência local.