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Os argumentos contrários à convocação de Carlos Bolsonaro à CPI da Covid

Maioria dos senadores da oposição e dos independentes quer evitar dar palanque ao bolsonarismo; requerimento não deve ser nem aprovado nem rejeitado

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 Maio 2021, 11h21 - Publicado em 18 Maio 2021, 11h18

As chances de o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 02 do presidente Jair Bolsonaro, ser convocado à CPI da Covid-19 são baixas. Essa é a avaliação da maioria dos senadores da oposição ao governo Bolsonaro e dos independentes que predominam na comissão instaurada para investigar as responsabilidades pelo descontrole da pandemia, que já matou mais de 430.000 pessoas no Brasil.

Carlos entrou na mira da CPI após duas testemunhas – o ex-ministro Henrique Mandetta e o ex-CEO da Pfizer na América Latina Carlos Murillo – relatarem que ele participou de reuniões cruciais para a obtenção de vacinas contra o novo coronavírus, o que não seria prerrogativa de um vereador da cidade do Rio de Janeiro.

Apesar da revelação, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), avaliam que convococá-lo neste momento só daria mais pretexto para Bolsonaro alegar que é perseguido “politicamente e pessoalmente” pelo Senado. Renan, em especial, também quer evitar que o ato seja visto como uma perseguição aos filhos do presidente, uma vez que os senadores governistas também podem requerer a convocação do seu filho, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) – o que por enquanto não foi feito.

Outro argumento forte é que, tendo em vista o perfil explosivo de Carlos Bolsonaro, os parlamentares têm certeza que ele pode se desequilibrar e seria inevitável um pedido de prisão contra ele. O senador Flávio Bolsonaro (Rep-RJ), que é tido como o mais equilibrado dos filhos do presidente, já descompensou na última semana e chamou Calheiros de “vagabundo”. Na avaliação da oposição, confusões desse tipo só servem para dar mais palanque ao bolsonarismo que tenta pintar a CPI como uma “perseguição política e pessoal” contra o presidente.

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Além disso, o bloco majoritário também quer evitar dar palanque a pessoas que defendem fervorosamente o governo e o chamado tratamento precoce – é, por isso, que o requerimento para convocação do deputado Osmar Terra (MDB-RS) também não deve ser aprovado, mesmo ele sendo um evidente integrante do “gabinete paralelo” que aconselhava o presidente a tomar a medidas contrárias ao que orientava o Ministério da Saúde e à maioria dos especialistas da área.

Enquanto Aziz e Calheiros são abertamente contra a convocação de Carlos, os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) são a favor – foram eles que protocolaram a convocação. O petista passou os últimos dias tentando convencer o vice da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a aderir ao pleito, mas ele também se posicionou contrário. Nesta terça-feira, dia 18, Vieira foi além e pediu a quebra do sigilo telefônico e fiscal de Carlos Bolsonaro e do empresário Carlos Wizard, que, na visão dele, seria o financiador do tal do “gabinete paralelo”.

Segundo a estratégia traçada pelos dirigentes da CPI, o requerimento sobre a convocação de Carlos não deve ser nem aprovado nem negado na sessão de hoje, ficando assim o pedido em aberto caso o presidente endureça os ataques contra as instituições. Já irritado com tudo o que aconteceu na comissão até aqui, Bolsonaro já “deu o recado” de que poderá baixar um decreto contra medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos para conter a pandemia de Covid-19. “Daqui para frente eu vou agir”, disse ele.

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