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Por José Benedito da Silva
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O novo round da briga entre o ‘líder informal’ de Bolsonaro e a ex-mulher

No STF, Jullyene Lins acusa Arthur Lira de difamá-la ao responder a acusações dela a VEJA sobre patrimônio oculto de 40 milhões de reais

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jun 2020, 16h07 - Publicado em 8 jun 2020, 15h30

As brigas judiciais entre o deputado federal e líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), o todo-poderoso do Centrão, e a ex-mulher dele, Jullyene Lins, ganharam mais um round no último sábado 6, agora no Supremo Tribunal Federal (STF). Casada com Lira entre 1997 e 2007, Jullyene apresentou uma queixa-crime contra o parlamentar pelos crimes de injúria, difamação e pediu a abertura de um inquérito para apurar suposta sonegação fiscal pelo deputado, que tem atuado como líder informal do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara. Como resultado da ação, ela quer ser indenizada pelo ex-marido.

As denúncias por injúria e difamação movidas pela ex-mulher do deputado têm como base declarações feitas por Lira a VEJA em dezembro, em resposta às acusações feitas por Jullyene à reportagem, de que ele recebia propina em malotes e angariou patrimônio de pelo menos 40 milhões de reais com corrupção, ocultado da Justiça Eleitoral. Arthur Lira afirmou a VEJA que a ex-mulher é uma “vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias”. “Meu patrimônio é o que está declarado no TSE”, completou. A acusação da ex-mulher de Lira foi feita ao STF porque, segundo a defesa dela, os crimes contra a honra foram cometidos durante o exercício da função parlamentar. A queixa-crime teve como relator sorteado o ministro Luís Roberto Barroso.

Julyenne Lins apresentou como prova ao STF a lista revelada por ela a VEJA (veja abaixo) com o patrimônio do deputado, que a escreveu de próprio punho em 2007. A relação inclui apartamentos, fazenda, sítio, um parque de vaquejada, salas comerciais, veículos, lanchas, cavalos, cabeças de gado, entre outros, no valor total de 11,5 milhões de reais. Quando concorreu a deputado estadual por Alagoas em 2006, Arthur Lira havia declarado ao TSE patrimônio de 695 901 reais, montante que passou a 1,7 milhão de reais em 2018. A VEJA, em dezembro, o deputado confirmou que escreveu a lista, mas ressalvou que nela há bens que não teriam sido comprados por ele. O papel teria um quê de sonho de consumo.

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“O congressista realizou abuso de poder econômico em sucessivas campanhas eleitorais, ocultando o seu patrimônio da Justiça Eleitoral desde o ano de 2004, bem como omitiu boa parcela do acervo patrimonial à Justiça Estadual, no processo de divórcio com a Autora”, diz a ação no STF.

(Reprodução/STF)

A defesa de Jullyene ainda alega ao Supremo que o deputado se manifestou a VEJA de forma “leviana, baixa e desrespeitosa e puramente casuística, sem se importar ao menos com os filhos que escutariam muito sobre o caso de repercussão na escola e faculdade”.

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Os defensores da ex-mulher do deputado afirmam também que o deputado tenta “diuturnamente promover o afastamento familiar dos filhos, principalmente o mais novo, com discursos de ódio e chantagens emocionais”. Entre as provas apresentadas por Jullyene ao Supremo estão mensagens trocadas entre ela e Álvaro, filho mais novo do ex-casal, em que ele a responde de forma ríspida após a publicação da reportagem de VEJA. “Vc só pensa em vc e não pensa no q isso vai influenciar na minha vida e na do meu irmão”, escreveu o rapaz (veja abaixo).

(Reprodução/STF)

As acusações de Jullyene referentes ao patrimônio de Arthur Lira foram feitas em um processo no qual ela cobra 600.000 reais de pensão do deputado. “Ele deve 600 000 reais de pensão. Movo um processo de partilha de bens que já dura mais de doze anos. O patrimônio que ele oculta supera os 40 milhões de reais. Tem muita coisa em nome de laranjas”, afirmou ela a VEJA em dezembro. “Os laranjas são empresários, corretores, tem gente da família, a atual esposa dele, o pai, os amigos dele. Tirei as cópias dos originais dos recibos dos bens que ele comprou e colocou em nome de outras pessoas. Estão todos no processo. Mas ele manda e desmanda na Justiça daqui”, declarou. 

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Lira já foi acusado por Jullyene Lins de agredi-la em 2006, em um processo que começou na Justiça de Alagoas e chegou ao STF, que absolveu o deputado em 2015 por falta de provas.

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