O maior defeito de João Doria, segundo ele e a sua própria campanha
Governador de São Paulo decide assumir termos usados pelos críticos, como ‘chato’, mas como estratégia para reforçar o seu estilo de ‘trabalhar muito’
Em pré-campanha para a presidência, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), resolveu assimilar as críticas que recebe de adversários e reconhecer que tem defeitos. Mas essas críticas, entretanto, não têm relação com sua gestão ou decisões de governo. Doria é “chato”, “coxinha” e “calça apertada” — e admite isso.
“As críticas são: ‘o Doria não agrega’, ‘o Doria usa calça apertada’, ‘o Doria é coxinha’, se esses são atributos negativos ainda bem. Mas o Doria é honesto, o Doria é um bom gestor, o Doria é descentralizador, o Doria é um organizador de equipe, o Doria sabe montar um bom time”, disse o tucano a VEJA.
A estratégia de assumir os defeitos começou ainda no primeiro semestre do ano, no auge da segunda onda da pandemia de Covid-19, quando o presidente Jair Bolsonaro começou a apelidá-lo de “calça apertada”. Nas redes sociais, Doria vestiu a carapuça, mas destacando que era o calça apertada que havia comprado vacinas aplicadas na população.
Na campanha das prévias do PSDB para a presidência, a equipe do tucano reforçou os defeitos. Passou a dizer no material promocional que ele era “chato”, mas um chato “que dorme pouco e trabalha muito”.