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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Novos amigos? O histórico de duros ataques entre Lula e Alckmin

Especulação nos bastidores sugere o tucano como vice na chapa do petista em 2022; em eleições anteriores, eles trocaram acusações de corrupção e má gestão

Por Da Redação 4 nov 2021, 17h53

A nova especulação nos bastidores da política é sobre uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). A aproximação envolveria políticos do PSB, que pretendem filiar o tucano – prestes a deixar o partido que ajudou a fundar – e colocá-lo como vice na chapa presidencial do petista.

Os dois, no entanto, nunca foram próximos – muito pelo contrário, há um histórico bastante grande de ataques entre ambos. Na campanha de 2006, quando se enfrentaram na disputa pelo Planalto, por exemplo, as campanhas na TV e os debates foram marcados por ataques mútuos.

Alckmin cansou de questionar o PT sobre o “dossiê dos aloprados”, um documento com acusações falsas usado contra José Serra na campanha anterior e que teria sido produzido por petistas.

Alckmin também disse que Lula sabia dos casos de corrupção no seu governo, quando explodiu o escândalo do mensalão. “Como é que pode não saber o que se passou na sala ao lado?”, perguntou para Lula em um dos debates. Lula rebateu dizendo que a corrupção apareceu porque seu governo deixou investigar, coisa que os tucanos nunca fizeram. “Nós não jogamos para debaixo do tapete”, afirmou.

Alckmin também associou o PT à facção criminosa PCC, surgida durante os governos tucanos em São Paulo. Lula citou o trabalho da Polícia Federal em sua gestão e a comparou com o que considerava a péssima atuação da polícia paulista. “A perfeição da polícia de São Paulo resultou no PCC”.

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Lula também criticou bastante os tucanos pelas privatizações ocorridas no governo FHC. O debate sobre o tema ganhou tração popular, o que obrigou Alckmin a protagonizar a inusitada cena de fazer campanha usando um colete contra as privatizações.

2018

Em 2018, Alckmin voltou a disputar a Presidência e, embora tenha mirado mais em Jair Bolsonaro, também bateu forte no PT e em Lula. “Eu tenho falado que o número é 13 (número do PT). Treze milhões de desempregados”, afirmou, sem citar diretamente Lula, em encontro com empresários.

Ele também atacou o fato de o PT ter iniciado a campanha com o nome de Lula como presidente e Fernando Haddad como vice, mesmo com o ex-presidente preso em Curitiba pela Lava Jato. “O que estamos vendo na televisão pelo PT é enganação vergonhosa. Tão escondendo o candidato que efetivamente vai ser candidato. Por que não fala a verdade? Buscando vitimizar aquele que foi condenado e escondendo aquele que efetivamente vai disputar a eleição”, afirmou

Alckmin também atacou várias vezes o “o populismo de esquerda do PT” e “o populismo de direita de Bolsonaro” e afirmou que o primeiro levou ao segundo. “O PT, como sempre trabalhou para criar o ‘nós contra eles’, acabou criando radicais do outro lado”, disse durante um ato de campanha no Acre.

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Para atacar o PT na campanha, Alckmin levou à TV inclusive a delação de Antonio Palocci, que o então juiz Sergio Moro havia tornado pública às vésperas da eleição e que sempre foi desprezada pela Justiça por não conter informações que pudessem ser utilizadas em ações criminais. “A delação de Palocci mostrou que Lula sabia da corrupção na Petrobrás desde 2007. O PT gastou R$ 1,4 bilhão para eleger e reeleger Dilma. Maior parte era dinheiro da corrupção. Propina para a campanha de Dilma foi acertada por Lula em reunião. Um país feliz de novo, só se for para os corruptos. Se o PT voltar, a corrupção vai continuar”, dizia a campanha do tucano na TV.

Serão amigos agora?

 

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