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Nome de desembargador do Paraná aparece entre doadores de Richa

José Fagundes Cunha diz ter alugado casa em Ponta Grossa (PR) à campanha do filho do tucano. Campanha reconhece erro ao informar nome do magistrado ao TSE

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 set 2018, 21h05 - Publicado em 17 set 2018, 19h24

O nome do desembargador José Sebastião Fagundes Cunha, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), aparece no sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como doador e recebedor de valores da campanha do ex-governador Beto Richa, candidato do PSDB ao Senado pelo estado. Fagundes Cunha e a campanha de Richa dizem, contudo, ter havido erro na informação à Justiça Eleitoral e que ele não doou. O tucano é investigado pelo Ministério Público estadual paranaense por corrupção e passou quatro dias preso na semana passada.

Conforme mostra o sistema do TSE, o desembargador doou, em 31 de agosto, 5.000 reais à campanha de Richa por meio de um imóvel na cidade de Ponta Grossa (PR) (veja a primeira imagem abaixo). Naquele mesmo dia, ainda de acordo com o sistema do TSE, o magistrado recebeu 5.000 reais da campanha do tucano, referentes à locação do mesmo imóvel, uma casa no número 600 da Rua Rodrigues Alves (veja a segunda imagem abaixo).

O dinheiro entrando e saindo do caixa de Richa representaria, na prática, a doação do aluguel do imóvel à campanha dele.

Além dos 5.000 reais informados ao TSE como doação de Fagundes Cunha, Beto Richa recebeu 1 milhão de reais do PSDB Nacional, 228.456,37 reais do PSDB paranaense, 10.000 reais de Horácio Lafer Piva e 10.000 reais de Eduardo Lafer Piva.

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Registro de doação informado pelo sistema do TSE (clique para ampliar) (Reprodução/TSE)
Registro de despesa informado pelo sistema do TSE (clique para ampliar) (Reprodução/TSE)

Procurado pela reportagem, o desembargador explicou, no entanto, que alugou a casa à campanha de Marcello Richa, filho de Beto Richa, a deputado estadual – e não à do Richa pai ao Senado. Cunha se diz indignado com a inclusão de seu nome entre os doadores do tucano e relata que o contrato de locação com Marcello sequer foi assinado ainda. “Não sou e não serei doador da campanha”, diz.

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Como o acordo ainda não foi oficializado, relata o desembargador, ele ainda não recebeu pelo aluguel, embora o comitê de Marcello Richa já funcione no local. O nome de Fagundes Cunha não aparece entre os credores da campanha do filho de Beto Richa.

O advogado Luiz Fabrício Betin Carneiro, que atua nas campanhas de Beto e Marcello, reconhece ter havido “erros de lançamento” na contabilidade das campanhas do ex-governador e seu filho, uma por incluir e a outra por excluir o nome de José Sebastião Fagundes Cunha. “Marcello locou esse comitê para compartilhar com Beto, que, por sua vez, errou na prestação de contas ao lançar a doação do proprietário do imóvel”, explica Carneiro.

Segundo o advogado, o nome de Fagundes Cunha, locador do imóvel, deveria estar entre os credores da campanha de Marcello Richa, locatário. Como o filho de Richa compartilha o comitê com o pai, sua campanha deveria aparecer como doadora do aluguel à campanha do ex-governador – e não o desembargador.

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Luiz Fabrício Betin Carneiro diz que as campanhas já pediram à Justiça Eleitoral a retificação das contas de Marcello e Beto Richa.

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