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Por José Benedito da Silva
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No Ministério da Saúde de Pazuello, Wizard ganhou status de “médico”

Registros oficiais de visitas obtidos por VEJA mostram que o empresário esteve nas dependências da pasta ao menos sete vezes durante a pandemia

Por Caíque Alencar Atualizado em 12 jul 2021, 18h04 - Publicado em 12 jul 2021, 17h56

Um dos membros mais influentes do chamado “gabinete paralelo” de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro para o combate à Covid-19, o empresário Carlos Wizard esteve pelo menos sete vezes no Ministério da Saúde durante a pandemia. Em duas dessas visitas (2 de julho de 2020 e 26 de março de 2021), Wizard se encontrou com o ministro que chefiava a pasta à época. Na primeira data, o empresário esteve no local para uma agenda com Eduardo Pazuello. Na ocasião, foi identificado como “médico” na ficha que registra a entrada de visitantes. Já em 26 de março deste ano, Wizard esteve com o ministro Marcelo Queiroga. As informações foram obtidas por VEJA via Lei de Acesso à Informação (LAI).

A primeira visita do empresário foi registrada em 24 de abril do ano passado. À época, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta havia sido demitido há 12 dias e quem estava à frente da pasta era Nelson Teich. Nos registros do Ministério da Saúde não fica claro com quem Wizard foi se reunir — no campo que especifica quem seria o visitado foi escrito “GENE PESUEL”. No período em que Teich comandou a Saúde, o cargo de secretário-executivo era ocupado pelo general Eduardo Pazuello.

De acordo com os documentos oficiais obtidos por VEJA, também é possível verificar por meio dos horários de registro que Wizard foi presencialmente ao Ministério da Saúde na companhia de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan — o empresário do ramo do varejo também é um dos alvos principais da CPI da Pandemia. Junto a Wizard, Hang é suspeito de ter financiado a disseminação de fake news sobre o “tratamento precoce” contra a Covid-19 com medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente.

Em seu depoimento à CPI em 30 de junho, Wizard permaneceu em silêncio em todas as perguntas feitas pelos senadores — ele recebeu habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que o liberou de responder questionamentos durante a inquirição. O único momento em que ele se manifestou foi durante os 15 minutos iniciais, no qual os convocados podem fazer uma apresentação. Naquele momento, o empresário negou que fosse integrante do “gabinete paralelo”. “Minha disposição de servir ao país, combatendo a pandemia e salvar vidas, faz com que eu seja acusado a pertencer a um suposto gabinete paralelo. Jamais tomei conhecimento, nem tenho qualquer informação a esse respeito”, afirmou.

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