Moro abre disputa com Bolsonaro também pelo voto evangélico
Ex-ministro se encontra em São Paulo com pastores e diz que conversou sobre ‘valores, princípios e a relevância do segmento’ religioso
O ex-ministro Sergio Moro (Podemos) precisa tirar votos do presidente Jair Bolsonaro (PL) se quiser ir ao segundo turno contra o hoje líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8, o petista tem 47% das intenções de voto, o presidente possui 24%, e o ex-juiz aparece com 11%.
Além do eleitor de centro-direita e direita que valoriza o combate à corrupção e está decepcionado com Bolsonaro, Moro começa a se movimentar em um segmento do eleitorado importante nessa batalha: o dos evangélicos, que hoje constituem um dos pilares da base de apoio ao presidente.
Na terça-feira à noite, em meio a uma movimentada agenda em São Paulo, Moro encontrou espaço para se reunir com pastores e lideranças evangélicas. “Falamos de valores, princípios e da relevância do segmento para um projeto de Brasil justo para todos”, postou no Twitter.
Estive reunido em São Paulo com pastores e líderes de igrejas evangélicas históricas. Falamos de valores, princípios e da relevância do segmento para um projeto de Brasil justo para todos. pic.twitter.com/UFoPDMK83V
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 8, 2021
A porta de entrada para Moro no segmento é a Anajure (Associação Nacional dos Juristas Evangélicos), uma entidade de classe que atua em favor de pautas conservadoras. Foi ela que, em meio à pandemia, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para pedir a abertura de templos religiosos – o ministro Nunes Marques chegou a autorizar o pedido, mas a decisão foi derrubada depois pelo plenário da Corte.
O presidente da entidade, Uziel Santana, já embarcou na campanha de Moro. Ele se licenciou do cargo na associação.