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Ministro exibe cicatriz para justificar notas baixas nos tempos de USP

Após revelação de histórico escolar com avaliações ruins e baixa frequência às aulas, Weintraub grava vídeo em que cita crise familiar, depressão e acidente

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 Maio 2019, 22h29 - Publicado em 3 Maio 2019, 18h26

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou sua conta no Twitter nesta sexta-feira, 3, para divulgar um vídeo em que explica notas baixas em seu histórico escolar na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em economia em 1994. O boletim de Weintraub foi divulgado na quinta-feira, 2, também na rede social, pelo cientista político Alberto Carlos Almeida. Diante do desempenho do ministro, Almeida foi irônico e escreveu que Weintraub “era bom de balbúrdia”, uma referência ao motivo alegado pelo ministro para cortar verbas de universidades federais.

“Está circulando na internet meu boletim do primeiro ano e meio meu na faculdade, os primeiros três semestres na USP. Eu era muito jovem, entrei na faculdade, na USP, com 17 anos e esse primeiro ano e meio meu foi um inferno. Como esse boletim foi obtido é ilegal, não tinha acesso, mas ele não é fake news, é verdade. Nesse primeiro ano e meio, meus pais se separaram, teve o Plano Collor, minha família desmanchou, eu tive depressão, e eu sofri um acidente horroroso que eu tive que colocar parafuso no braço. Eu fiquei seis meses sem poder escrever e só teve um professor que me deixou fazer prova oral. Tá aqui a cicatriz, 15 centímetros”, disse Abraham Weintraub, com a voz algo embargada.

Em uma das imagens publicadas por Alberto Carlos Almeida (veja abaixo), a única na qual aparecem o nome e a matrícula de Weintraub, é possível ver a notas e a frequência do ministro às aulas entre o início de 1989 e o primeiro semestre de 1990. Neste intervalo, seus primeiros três semestres na USP, Abraham Weintraub se matriculou em treze matérias e foi reprovado em nove.

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No segundo semestre de 1989, o ministro teve frequência zero e, portanto, nota zero em quatro disciplinas.

No primeiro semestre daquele ano, no entanto, ele terminou com média 2,1 depois de ser reprovado em quatro matérias, mesmo tendo ido à maioria das aulas. Na disciplina de contabilidade e análise de balanço, apesar de uma frequência de 100%, Weintraub ficou com nota 2. Na matéria de introdução à economia, ele foi a 90% das aulas e teve nota 0,5, um pouco abaixo dos 0,7 em introdução às ciências sociais, com 50% de frequência. Em complementos de matemática I, Abrahm Weintraub tirou nota zero, mesmo tendo ido a 66% das aulas.

A imagem divulgada por Almeida mostra que o desempenho do ministro da Educação foi melhor no primeiro semestre de 1990, quando teve 100% de frequência nas quatro disciplinas que cursou e acabou reprovado apenas em complementos de matemática I, com nota 1,4.

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O cientista político publicou ainda outros dois tuítes (veja abaixo), que repetiam as mesmas duas imagens de históricos escolares da USP entre o primeiro semestre de 1991 e o segundo semestre de 1994, com desempenho igualmente fraco e baixas frequências às aulas. Não há, no entanto, nenhuma identificação de Abraham Weintraub nos documentos, que também não foram comentados pelo ministro no vídeo.

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