Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Lava-Jato vê ‘fortes elementos’ de lavagem de dinheiro por Wassef

Ex-advogado de Bolsonaro, que teria recebido R$ 2,7 milhões, foi alvo de mandado de busca e apreensão

Por Daniel Haidar
Atualizado em 9 set 2020, 11h18 - Publicado em 9 set 2020, 10h07

Procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro veem “fortes elementos de prática de atos de lavagem de dinheiro” pelo advogado Frederick Wassef, que defendeu o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Isso porque Wassef, segundo eles, recebeu pelo menos 2,7 milhões de reais da Fecomércio-RJ entre dezembro de 2016 e maio de 2017.

Os procuradores investigam qual seria a real finalidade dos pagamentos. Wassef foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira, 9,  como parte de operação que investiga desvios milionários do sistema S por meio de escritórios de advocacia. As buscas foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio.

Wassef foi delatado pelo empresário Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ e ex-responsável pelo sistema S no estado. Em depoimento aos procuradores, Diniz afirmou que Wassef foi subcontratado pelo escritório da ex-procuradora Luiza Nagib Eluf, para “supostamente”, segundo os procuradores, supervisionar sindicâncias administrativas e investigações internas e acompanhar inquéritos policiais em delegacias.

No entanto, os procuradores alegam que não foi informada pelo escritório de Eluf a prestação de “qualquer atividade profissional lícita” para Fecomércio-RJ. A força-tarefa cita resposta enviada pelo escritório a uma auditoria feita posteriormente pela Fecomércio-RJ, em que Eluf alegou que não teve nenhuma atuação em “feitos judiciais” e que “fora contratada para trabalhar em processos administrativos no âmbito interno da Fecomércio-RJ, e eventuais desdobramentos dos mesmos no âmbito judicial”.

Na delação, Diniz diz que “acredita” que Wassef não foi contratado diretamente pela entidade empresarial porque sua esposa “era dona de uma empresa de tecnologia de informação com problemas na justiça”. O ex-presidente da Fecomércio-RJ diz que Eluf foi indicada pelo empresário Marcelo Cazzo, a quem o Ministério Público atribui o papel de articulação dos desvios por meio de escritórios de advocacia.

Continua após a publicidade

A força-tarefa constatou que o escritório da ex-procuradora recebeu 4,6 milhões de reais da Fecomércio-RJ por esse contrato, entre dezembro de 2016 e maio de 2017. Desse total, pelo menos R$ 2,7 milhões foram transferidos por ela para Wassef, de acordo com as investigações. Os procuradores ainda investigam como esse dinheiro foi utilizado. Ao responder aos procuradores sobre qual foi a verdadeira prestação de serviços de Eluf e Wassef, Diniz disse em depoimento apenas que “a contratação não valeu a pena, tampouco pelos valores que foram cobrados pelo contrato”.

 

ASSINE VEJA

Os riscos do auxílio emergencial Na edição da semana: a importância das reformas para a saúde da economia. E mais: os segredos da advogada que conviveu com Queiroz ()
Clique e Assine
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.