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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Ex-gerente da Petrobras investigado na Lava Jato doa R$ 4 mil a Haddad
Armando Ramos Tripodi foi alvo de condução coercitiva na 23ª fase, que prendeu João Santana. MPF não o denunciou e pediu que investigações continuassem
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Atualizado em 24 set 2018, 19h40 - Publicado em 24 set 2018, 14h54
Um ex-funcionário da Petrobras investigado na Operação Lava Jato fez uma doação de 4.000 reais à campanha do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (veja imagem abaixo). Armando Ramos Tripodi, que foi chefe de gabinete da presidência da estatal nas gestões de José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ambos indicados pelo ex-presidente Lula, injetou o dinheiro na campanha do petista por meio de uma transferência eletrônica no último dia 19 de setembro.
Então gerente de Responsabilidade Social da Petrobras, Tripodi foi alvo de um mandado de condução coercitiva na 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que foi deflagrada em março de 2016 e levou à prisão o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. O ex-assessor de Dutra e Gabrielli era suspeito de ter recebido 16.000 reais de Zwi Skornicki, operador de propinas que atuava na Petrobras, por meio de serviços de automação e instalação de equipamentos em sua residência.
Armando Tripodi chegou a ser indiciado pela Polícia Federal pelo crime de corrupção passiva, em março de 2016. Ao denunciar Santana, Mônica, Skornicki e outros cinco investigados na Acarajé, contudo, o Ministério Público Federal (MPF) optou por não acusar Tripodi e determinou que as investigações continuassem.
“No que se refere ao episódio relativo ao pagamento por Zwi Skornicki de despesas de execução de serviços na residência de Armando Tripodi, verifica-se que ainda deverão ser melhor elucidadas as circunstâncias em que ocorrido o pagamento e a relação mantida entre ambos naquele momento, razão pela qual entende-se que deverão prosseguir as investigações em relação a este fato”, afirmaram os procuradores. De lá para cá, Tripodi não voltou a ser alvo da Lava Jato.
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