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Por José Benedito da Silva
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EUA sequestram nações para criar aliança anti-China, diz porta-voz chinês

Para conselheiro da embaixada no Brasil, os países sabem quais são os seus interesses e vão evitar um ambiente discriminatório na adoção da tecnologia 5G

Por Gabriel Mascarenhas Atualizado em 20 out 2020, 09h25 - Publicado em 20 out 2020, 08h30

‘Quem vai decidir o leilão 5G sou eu’. A frase em tom de recado, proferida por Jair Bolsonaro no mês passado, saiu com força suficiente para gerar impactos na China.

Com ela, o presidente da República tentava enterrar as declarações de seu vice-presidente, Hamilton Mourão, favoráveis à participação de companhias chinesas no certame que selecionará quem vai oferecer a internet ultra-veloz aos 200 milhões de brasileiros. O leilão deve ocorrer no primeiro semestre de 2021.

Os Estados Unidos, a nação que mais faz brilhar os olhos bolsonaristas, pressionam o Brasil para vedar a entrada na disputa de empresas chinesas – sobretudo a Huawei, a mais competitiva delas. Claro, se assim for, o caminho estará livre para os empreendedores americanos.

O tema, obviamente, é visto com enorme preocupação na China, o maior parceiro comercial brasileiro e sobre quem pairam dúvidas a respeito da confiabilidade do serviço oferecido na área de tecnologia da informação.

Em entrevista exclusiva a VEJA, o porta-voz da embaixada chinesa, ministro conselheiro Qu Yuhui, evita críticas ao governo Bolsonaro. Em vez disso, mira o torpedo na direção de Washington e acusa a gestão de Donald Trump de “sequestrar” nações.

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“O que os Estados Unidos estão fazendo é sequestrar os outros países para montar uma aliança contra a China. Mas os países sabem quais são os seus interesses. Cremos que o Brasil não quer ficar no meio dessa guerra unilateralmente imposta pelos EUA”, afirmou Yuhui.

O diplomata chinês fala em “ambiente discriminatório” para pleitear portas abertas aos investimentos de seu país no mercado de 5G brasileiro.

“Queremos condições iguais para participar, um ambiente não discriminatório. Claro que o Brasil tem toda autonomia para estabelecer seus parâmetros de segurança cibernética. Mas importante é que empresas chinesas possam competir em condição de igualdade com os outros”.

Vacina

O ministro tratou ainda sobre a possibilidade de vir da China a primeira vacina contra a Covid-19. Por aqui, caso se mostre eficaz, ela chegará por meio do Instituto Butantã, vinculado ao governo de São Paulo, de João Doria (PSDB).

Qu Yuhui se esgueira da polêmica ideológica, ao responder como enxerga a desconfiança pregada por Bolsonaro e seus aliados a itens de fabricação chinesa.

“Estamos num mundo tão interligado que não há sentido em se fazer distinção de produtos chineses, americanos, europeus etc. Parte de vários produtos de outros países é produzidos na china. A China não quer vender suas vacinas a força para qualquer um. A procura vai ser bem maior do que a demanda. Só na América Latina a procura será de US$ 2,5 bilhões”, argumenta.

Ao fim, o ministro provoca seus inimigos de estimação: “Queremos tirar algumas interferências impostas por certos países”.

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