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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Estou pronto’, diz Huck a empresários – os bastidores do jantar

Apresentador afirma a 23 convidados que ninguém de sua geração 'deu a cara a tapa', mostra entusiasmo para 2022, mas ressalva que a decisão não está tomada

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 13 nov 2020, 20h45 - Publicado em 13 nov 2020, 20h44

Luciano Huck chegou por volta das 20h da quarta-feira, 11, na casa de João Carlos Camargo, proprietário da rádio Alpha FM, em São Paulo. Era uma reunião marcada a pedido de Claudio Lottenberg, o presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Einstein, e que reuniria oito empresários. Para a surpresa de Huck, a mesa contava com 23 lugares. A notícia de que o apresentador da TV Globo havia se encontrado com o ex-ministro Sergio Moro fez a procura pelos convites crescerem ao longo da semana. Segundo relatos dos presentes a VEJA, Huck admitiu pela primeira vez que se sente preparado para disputar a Presidência da República em 2022.

A afirmação foi feita por Huck após uma pergunta de Antônio Alberto Saraiva, proprietário da rede Habib’s. “E agora, Luciano? Vai ou não vai?”, questionou o empresário. “Da outra vez, achava que não estava pronto. Agora, eu estou. Mas a decisão não está tomada”, respondeu Huck, que desistiu de concorrer ao cargo em 2018.

O apresentador foi sabatinado por cerca de três horas. Além de Saraiva, estavam presentes outros empresários que apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência, entre eles Flávio Rocha (Riachuello) e Washington Cinel (Gocil), e representantes de instituições do mercado financeiro, como a XP Investimentos e o BTG Pactual. Os advogados Arnoldo Wald Filho e Heleno Torres também estavam na reunião, assim como o líder do movimento político RenovaBR, Eduardo Mufarrej, e o economista Daniel Goldberg, gestor da Farallon e que chegou ao jantar no mesmo carro de Huck. No cardápio, tartar de salmão, medalhão ao molho mostarda e, claro, vinhos.

Huck abriu a noite com uma apresentação de quatro minutos. Ele disse que via a oportunidade de construir um projeto político para o país como um “chamado geracional”, já que “ninguém da minha geração deu a cara para bater e para deixar um país melhor para os seus filhos”. Huck afirmou que desde 2018 está estudando o Brasil e que hoje tem a capacidade de “agregar gente e talento” para “tirar o país do lamaçal”. Para isso, o apresentador acredita que a polarização entre Bolsonaro e Lula precisa ser superada. “Esse não é um projeto personalista. Não me preocupo com o que falarão de mim. Se você é honesto, técnico e faz oposição ao Bolsonaro, então estou disposto a conversar com você”, disse, segundo relatos dos presentes.

O apresentador também foi questionado por Flávio Rocha sobre o conservadorismo no campo dos costumes. “Não sou conservador culturalmente e não vou mentir sobre isso”, respondeu. Huck aproveitou o momento para dizer que os presentes teriam de aprender a conviver com essa diferença e que “não adianta nada dizer que é conservador e trocar o ministro da Educação toda hora”. Por diversas vezes, Huck afirmou que o projeto político no qual acredita deve ter a educação e a saúde como prioridades. Também falou sobre pensar novas formas de organização urbana que melhorem a qualidade de vida nas favelas, uma área esquecida pelos políticos, segundo ele.

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Em outro ponto que foi elogiado pelos empresários, Huck afirmou que um país precisa escolher um tema para dar certo. “Não vamos fazer chips melhores do que a China. Não vamos fornecer mão de obra mais barata que o México nem fazer roupas melhores que o Vietnã. O Brasil deveria ser uma potência verde e aproveitar o momento para criar um mercado cativo. E estamos jogando a chance pela janela”, declarou.

Quando foi questionado sobre quais políticos poderiam fazer parte do seu projeto, Huck citou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e Sergio Moro.

O jantar terminou com uma fala do pai do apresentador, o advogado Hermes Marcelo Huck. “Nenhum pai quer que o filho seja candidato à Presidência. Mas, se ele sair, vou apoiar incondicionalmente”, disse o jurista. Todos se levantaram e foram embora por volta de 23 horas.

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