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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Em resposta a Lula, Doria cita Neymar e diz querer ser negro

Prefeito de São Paulo também xingou o ex-presidente petista de "sem vergonha", "preguiçoso", "corrupto", "covarde" e "inexpressivo"

Por Da Redação
18 ago 2017, 17h33

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi à sua página no Twitter, nesta sexta-feira, para fazer mais uma provocação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em claro tom eleitoreiro, o tucano resolveu comentar uma entrevista em que o petista se comparou ao jogador de futebol argentino Lionel Messi. Doria declarou que, ao contrário de Lula, prefere ser visto como Neymar, “brasileiro e negro”.

Lula disse que quer ser o Messi, argentino e branco. Eu prefiro ser Neymar, brasileiro e negro. #VivaBR #LulaCaraDeBau”, postou Doria, com um erro de grafia na última hashtag. O prefeito emprega com frequência o xingamento “cara de pau” nos discursos que faz contra o ex-presidente petista.

A declaração de Doria foi motivada pelas críticas que Lula fez ao comportamento do prefeito paulistano. O ex-presidente disse que o tucano e seus aliados estão “doentes” por não conseguirem alcançá-lo nas pesquisas de intenção de voto. Embora negue, Doria está numa disputa silenciosa com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser o candidato do PSDB na eleição presidencial de 2018.

“O papel [do Doria] será atacar o Mascherano [zagueiro argentino] ou o Messi no Barcelona? Ele vai no Messi. Depois ele fala, vou atacar o Sergio Ramos [zagueiro espanhol] ou o melhor jogador do Real Madrid, que é o Cristiano Ronaldo? Ele pega as pesquisas. É isso que deixa as pessoas doentes. Eu estou apanhando igual cachorro vira-lata. Apanho de manhã, de tarde e de noite. Quando esses caras fazem uma pesquisa, eu estou na frente”, disse Lula à rádio Metrópole, de Salvador.

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Na mesma entrevista, Lula também se comparou a Neymar. O petista disse que, caso seja impedido de concorrer à Presidência, atuará como um cabo eleitoral tão valioso quanto o jogador brasileiro é para o Paris Saint-Germain, seu atual clube.

Ironicamente, Doria se comparou a um jogador de futebol que não se assume negro. Em 2010, aos 17 anos, Neymar concedeu entrevista ao jornal Estado de S.Paulo e disse que nunca tinha sofrido preconceito. “Nunca. Nem dentro e nem fora de campo. Até porque eu não sou preto, né?”, disse o jogador, que na época defendia o Santos.

Quatro anos após a entrevista, Neymar protagonizou a campanha “Somos Todos Macacos”, que tinha como objetivo combater o racismo. A corrente teve início após o lateral direito Daniel Alves, na época no Barcelona, comer uma banana que foi atirada em sua direção por um torcedor do time espanhol Villarreal. “Somos todos iguais, somos todos macacos. Racismo não”, disse Neymar, que incentivou seus seguidores a tirarem fotos comendo bananas.

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Nas eleições de 2014, Neymar gravou um vídeo para declarar apoio ao candidato tucano à Presidência, Aécio Neves. Ele disse que apoiaria o senador mineiro por se identificar “muito com a proposta que ele tem para o Brasil”.

Xingamentos

Doria não se limitou a criticar Lula pela internet.  Durante um almoço com empresários em Fortaleza, o prefeito disparou uma série de xingamentos contra o ex-presidente. O tucano intensificou sua agenda de viagens pelo Brasil para ampliar o cacife político e angariar apoio na disputa interna com Alckmin.

“Eu não queria. Tinha prometido a mim mesmo que não faria, mas vou mandar um recadinho para o ex-presidente Lula: você, além de sem vergonha, preguiçoso, corrupto e covarde, declarou hoje que o João Doria não deveria viajar, mas administrar a cidade de São Paulo. Lula, além de tudo talvez você não saiba ler. Você é inexpressivo. Na primeira avaliação [da gestão] eu fechei com 70% de aprovação, enquanto o seu prefeito Fernando Haddad fechou com 15%”, declarou o tucano.

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Após as afirmações, feitas em tom exaltado, Doria adaptou o slogan que usou nas eleições municipais e encerrou o discurso dizendo “acelera, Brasil”. Em seguida, as caixas de som passaram a tocar o tema que acompanhava as vitórias de Ayrton Senna.

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