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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Pessoas de bem sabem quem é o farsante’, diz Barroso ao rebater Bolsonaro

Ministro rebate falas do presidente contra sistema eleitoral e compara situação do Brasil à de países onde floresceram populismo, extremismo e autoritarismo

Por Reynaldo Turollo Jr. Atualizado em 9 set 2021, 11h28 - Publicado em 9 set 2021, 10h37

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, rebateu nesta quinta-feira, 9, durante sessão da Corte, ponto a ponto as afirmações feitas por Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro para desacreditar o sistema eleitoral do país.

“Já começa a ficar cansativo ter que desmentir falsidades para que não sejamos dominados pela pós-verdade, pelos fatos alternativos, para que a repetição da mentira não crie a impressão de que ela se tornou verdade”, disse Barroso. Segundo ele, a tática de desacreditar a votação, adotada pelo presidente, é observada em vários países onde floresceram fenômenos como o populismo, o autoritarismo e o extremismo, e tem o objetivo de permitir a contestação dos resultados da eleição em caso de derrota. “Para maus perdedores, não há remédio na farmacologia jurídica”, afirmou.

O ministro também respondeu às declarações de Bolsonaro que insinuam que ele, Barroso, interferiu no processo legislativo e pressionou a Câmara a rejeitar a proposta de implantação do voto impresso. Barroso disse que participou de debates com deputados a convite deles, e, alfinetando o governo, afirmou que não dispõe de verbas para distribuir aos congressistas. “É uma covardia atacar a Justiça Eleitoral por falta de coragem de atacar o Congresso Nacional, que é quem decide a matéria”, afirmou o presidente do TSE.

Barroso disse que seu pronunciamento era feito “em nome dos milhares de juízes e servidores que servem ao Brasil com patriotismo, não o da retórica de palanque, mas o do trabalho duro e dedicado”. Falou da disseminação em massa de fake news como estratégia política, das acusações – sem provas – de que houve fraude em eleições passadas e acrescentou que, salvo os radicais e os mercenários, que são “cegos pela monetização da mentira”, “todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”.

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Por fim, o ministro afirmou que, “com a benção de Deus”, o presidente eleito pelo voto popular em 2022 tomará posse normalmente em janeiro de 2023. “A falta de compostura nos envergonha perante o mundo. Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo”, concluiu.

O presidente do TSE também anunciou a criação de um órgão destinado a “ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições”, a Comissão de Transparência das Eleições. O intuito do órgão é aumentar a participação de especialistas, representantes da sociedade civil e instituições públicas na fiscalização e auditoria do processo eleitoral. “Aqui não se faz nada às escondidas”, disse.

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