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Por José Benedito da Silva
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Bolsonaro ignora Pantanal em ida ao MT, mas fumaça faz seu avião arremeter

Presidente vai a Sinop e Sorriso participar de eventos com produtores rurais, mas não visita área atingida pelo fogo, que prejudicou o pouso de sua aeronave

Por Redação
Atualizado em 21 set 2020, 11h19 - Publicado em 18 set 2020, 13h35

O presidente Jair Bolsonaro tem ignorado a todo custo a crise ambiental que o Brasil enfrenta em 2020. Mesmo diante da informação de que 15% da área total do Pantanal foi destruída por queimadas neste ano, Bolsonaro disse na quinta-feira, 17, que o país “está de parabéns na preservação ambiental”. Pois bem. Nesta sexta, 18, o avião em que o presidente estava a bordo foi forçado a arremeter um pouso que faria na cidade de Sinop, no Mato Grosso, em função da falta de visibilidade para o piloto. O incidente foi provocado pela fumaça das queimadas no bioma mato-grossense.

Na agenda do presidente constavam encontros com representantes do agronegócio e eventos de homenagens ao setor. Apesar de a viagem incluir Sinop e Sorriso, o presidente não foi à região onde estão ocorrendo os incêndios – Poconé, por exemplo, um dos focos das queimadas, fica a cerca de 400 km de onde Bolsonaro estava. Ele viajou em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

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Bolsonaro comentou sobre as queimadas durante um discurso em homenagem a produtores rurais de Sinop. Não mencionou especificamente o problema do Pantanal em nenhum momento. O presidente afirmou apenas que “estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo no Brasil”, mas relativizou a questão. “Isso acontece ao longo de anos e temos sofrido uma crítica muito grande, porque obviamente quanto mais nos atacarem, melhor para o interesse dos nossos concorrentes, para aquilo que temos de melhor, que é o agronegócio”, afirmou. Ao fim do discurso, voltou a declarar que o Brasil é um “exemplo para o mundo”.

Somente no Pantanal, existem hoje 15.000 focos de incêndio, contra 5.000 anotados no ano passado. Em nove meses, de janeiro a setembro de 2020 na comparação com 2019, o salto foi de tristes 210% de áreas incendiadas — e, no entanto, as multas relacionadas a maus-tratos com o campo, por fogo ateado onde deveria haver proteção, caíram mais de 20% no período.

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Em nível nacional, foram identificados 133.974 focos de incêndio acumulados entre 1º de janeiro e 14 de setembro, aumento de 13% em relação ao ano passado. Apenas na Amazônia, se a comparação for entre setembro de 2020 e setembro de 2019, houve aumento de 86% de pontos com fogo.

No primeiro semestre de 2020, o Brasil perdeu algo em torno de 38 bilhões de dólares (201,5 bilhões de reais) em investimentos externos de fundos que só põem dinheiro em países que respeitem, clara e nitidamente, as normas de de cuidados ambientais. Se nada for feito para mudar a postura negacionista do governo, muitos negócios serão inevitavelmente desfeitos nos próximos meses.

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