Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bolsonaristas usam morte de Colin Powell para desinformar sobre vacina

Ex-secretário de Estado dos EUA também tratava um mieloma múltiplo, câncer que atinge sistema imunológico

Por Da Redação 18 out 2021, 13h28

Aliados do presidente Jair Bolsonaro  aproveitaram a morte do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Colin Powell, nesta segunda-feira, 18, para espalhar desinformação sobre a vacinação contra a Covid-19 e confundir seus seguidores sobre os reconhecidos benefícios dos imunizantes contra a doença que já matou mais de 600.000 pessoas no Brasil.

Segundo comunicado da família, Powell morreu por complicações causadas pela Covid-19 e estava completamente imunizado. Acontece que o ex-secretário de Estado também estava se tratando contra um mieloma múltiplo, um tipo de câncer nas que acomete o sistema imunológico — algo que reduz a eficácia das vacinas.

Foi o bastante para que o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), conhecido por minimizar a pandemia, colocar em xeque a eficácia da imunização e defender tratamentos sem eficácia contra a Covid-19, destacasse o fato de Powell ter sido vacinado, ignorando as condições de saúde que concorrem para o surgimento de complicações. “Infelizmente pegou Covid estando totalmente vacinado”, tuitou — repetindo uma pregação semelhante à do ruidoso movimento antivacina dos Estados Unidos.

Tweet Osmar Terra
Osmar Terra comenta morte de Colin Powell (Reprodução/Twitter)

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) pegou carona nas dúvidas lançadas pelo colega para pregar contra o passaporte da vacina — que garante  a entrada de pessoas em ambientes somente mediante a apresentação do comprovante de imunização — como acontece no Rio de Janeiro para ingresso em locais públicos. “A questão aqui não é a vacina, é a segregação”, afirmou a parlamentar. A medida é reconhecida por especialistas e autoridades de saúde como necessária para conter a disseminação do vírus.

Continua após a publicidade

Para ficar num exemplo, a vacinação obrigatória contra certas doenças, como a febre amarela, é, inclusive, requisito para viagens internacionais em países com alto risco de contaminação. No caso da Covid-19, os Estados Unidos vão liberar, a partir de 8 de novembro, a entrada de turistas sob uma condição: terem sido vacinados.

Tweet Bia Kicis
Bia Kicis contesta passaporte da vacina (Reprodução/Twitter)

Nenhuma vacina garante imunidade total contra a Covid-19 ou qualquer outra enfermidade, mas é a única alternativa para quem quer evitar a contaminação. Reportagem de VEJA desta semana mostra que, com o aumento do número de doses aplicadas, a vida começa a ser retomada em todo o Brasil — permitindo projetar um cenário de recuperação econômica de diversos setores. 

Hoje, quase metade dos adultos brasileiros está totalmente imunizada e o índice de transmissão da doença está em queda: na terça-feira 12, a taxa chegou ao menor patamar desde o primeiro caso por aqui: 0,60. Em abril de 2020, ele havia batido em 2,81. A vacina, afinal, funciona.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.