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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Bem avaliado, Moro tem potencial para incomodar bastante Bolsonaro em 2022

Pesquisa VEJA/FSB feita em fevereiro mostrava que o então ministro aparecia à frente do chefe em um eventual segundo turno da eleição presidencial

Por Da Redação Atualizado em 24 abr 2020, 16h58 - Publicado em 24 abr 2020, 16h28

A saída do ministro Sergio Moro do governo vai trazer agora complicações políticas e até econômicas de toda ordem para Jair Bolsonaro, mas pode ser também um problema eleitoral, caso o presidente chegue viável politicamente à disputa presidencial de 2022.

Pesquisa feita pelo Instituto FSB com exclusividade para VEJA em fevereiro deste ano mostra o tamanho do potencial do agora ex-ministro para provocar estragos na pretensão eleitoral de Bolsonaro, inclusive entre aqueles que hoje se alinham ao bolsonarismo.

Para começar, ele era o único que aparecia numericamente à frente de Bolsonaro em uma simulação de segundo turno, embora dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos: ele tinha 39% das intenções de voto contra 37% do chefe.

Além disso, à época, o ministro ostentava desempenho melhor contra os mais prováveis candidatos do PT: tinha 49% contra 40% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Bolsonaro conseguia 48% a 40%) e 53% a 30% contra o ex-prefeito Fernando Haddad (o seu chefe aparecia com 51% a 33%).

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Moro também era o candidato com a menor rejeição: apenas 31% disseram que não votariam nele de jeito nenhum – já Bolsonaro ostentava uma taxa de 44%. Todos os outros principais pré-candidatos tinham mais de 50% de rejeição.

Além do prestígio colhido quando era juiz da Operação Lava-Jato – principalmente entre o eleitorado bolsonarista, por ter colocado Lula e vários petistas graúdos na prisão -, Moro também vinha bem no ministério: para 29%, ele era o melhor ministro da administração federal – para comparação, o segundo colocado era “nenhum” (20%), enquanto Paulo Guedes, da Economia, vinha em um longínquo terceiro lugar, com 6%.

De resto, o combate à corrupção, com 24%, e a segurança pública (16%), ambas atribuições da pasta comandada por Moro, eram consideradas as áreas que mais melhoraram no governo Bolsonaro.

“Vou procurar mais adiante um emprego. Não enriqueci no serviço público. Nem como magistrado nem como ministro. E quero dizer que, independentemente de onde eu esteja, eu sempre vou estar à disposição do país para ajudar o que quer que seja”

Sem partido político e sem nunca ter anunciado que será candidato à Presidência da República, Moro tinha como maior sonho uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, que Bolsonaro poderia dar a ele com a aposentadoria de Celso de Mello em novembro deste ano. Mas agora talvez terá de repensar e assumir a carreira política, já que não pode mais voltar à magistratura, que exerceu por 22 anos.

Um sinal disso talvez tenha vindo na última frase de seu pronunciamento de despedida: “Vou procurar mais adiante um emprego. Não enriqueci no serviço público. Nem como magistrado nem como ministro. E quero dizer que, independentemente de onde eu esteja, eu sempre vou estar à disposição do país para ajudar o que quer que seja”.

 

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