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Após vacinação em massa, Serrana quer acelerar a reabertura da cidade

Município imunizou 95% dos adultos, mas ainda segue regras do estado; prefeito negocia com o governo o aumento de aulas presenciais e da atividade econômica

Por Camila Nascimento 1 jun 2021, 13h30

Após encerrar o projeto-piloto conduzido pelo Instituto Butantan, no qual 75% da sua população e 95% dos moradores adultos foram vacinados contra a Covid-19, com resultados positivos, a cidade de Serrana, no interior de São Paulo, negocia com as autoridades de saúde do estado a retomada aos poucos da vida normal.

Segundo o prefeito Leonardo Capitelli (MDB), a cidade ainda está seguindo as regras do Plano São Paulo, que estabelece as restrições e os protocolos sanitários a serem adotadas em todo o estado.

De acordo com ele, a proximidade com grandes centros, como Ribeirão Preto, que fica a 21 km e onde trabalham de 15 mil a 20 mil moradores de Serrana, dificulta a flexibilixação das regras. “A realidade das cidades vizinhas de Serrana é muito diferente da nossa. Então é necessário ainda ter prudência. Estamos tratando com o estado os passos para uma reabertura e em breve nós vamos anunciar”, afirma.

Entre os primeiros passos em direção à reabertura está a flexibilização da volta às aulas e da reabertura do comércio. “Estamos almejando uma situação diferente em relação à educação, que está com 35% dos alunos, para que possamos ampliar o acesso a aulas presenciais. Também queremos abrir mais um pouco as atividades econômicas, para dar um alívio. Hoje elas estão com uma restrição de 60%”, conta.

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A vacinação em massa da cidade, de acordo com Capitelli, despertou interesses econômicos em relação a Serrana. “A cidade tem dado uma alavancada bastante importante com vacinação, inclusive com investimentos de fora do município. Novas empresas estão querendo se instalar aqui, e isso para nós é bastante importante”.

Segundo o governo de São Paulo, após a vacinação em massa, iniciada no dia 17 de fevereiro, houve uma queda de 80% nos casos, de 86% nas internações e de 95% nas mortes — as reduções contrastam com as cidades vizinhas, que têm registrado altas. Só na comparação entre março e abril, o número de casos em Serrana caiu de 699 para 251, enquanto o de mortes passou de 20 para 6. O Hospital Estadual de Serrana, que recebe pacientes de outras cidades, tem 16 pacientes internados em UTI. Segundo o prefeito, as unidades de saúde da cidade “estão com um fluxo bastante minimizado”. “Hoje nós não temos o nosso sistema de saúde colapsado como outras cidades da região”, afirma.

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O estudo

A pesquisa pioneira realizada em Serrada, batizada de Projeto S, foi liderada pelo Butantan, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e a Prefeitura de Serrana. O método usado no ensaio clínico é chamado de implementação escalonada por conglomerados (stepped-wedge trial, na denominação em inglês). A cidade foi dividida em 25 subáreas, formando quatro grandes grupos populacionais que receberam o imunizante em semanas sucessivas. A vacina foi oferecida a todos os maiores de 18 anos elegíveis para o estudo em quatro etapas e datas distintas.

“O resultado mais importante foi entender que podemos controlar a pandemia mesmo sem vacinar toda a população. Quando atingida a cobertura de 70% a 75%, a queda na incidência foi percebida até no grupo que ainda não tinha completado o esquema vacinal”, afirma o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios.

 

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