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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Aliados tentam isentar Bolsonaro e culpar governadores por inflação

Nas redes sociais, filhos e apoiadores mais fiéis replicam discurso do presidente de que alta dos preços é consequência das políticas de isolamento social

Por Camila Nascimento Atualizado em 12 out 2021, 14h39 - Publicado em 12 out 2021, 14h33

Os aliados mais entusiastas do presidente Jair Bolsonaro vêm tentando, a todo custo, jogar a alta da inflação no colo dos governadores — um dos vilões preferidos do bolsonarismo –, que adotaram medidas restritivas durante a pandemia. Esse discurso já vem sendo usado por Bolsonaro há algum tempo toda vez que é cobrado sobre, principalmente, o aumento dos preços dos alimentos e do combustível.

No Twitter, o filho Zero Três do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse que “os mesmos que te mandaram para casa — e curtiram a vida normalmente — agora responsabilizam pela inflação Jair Bolsonaro, que foi o único com coragem e serenidade para driblar o pânico e preocupar-se com a economia”. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos- RJ), filho Zero Dois, também faz postagens que associam as medidas restritivas implementadas para combater a Covid-19 à atual crise econômica.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), outra bolsonarista que não se cansa de tentar isentar o presidente de culpa em qualquer coisa, usou um vídeo de Bolsonaro, em que ele atribui a queda na economia ao isolamento social, para defender o mesmo argumento. “Parte da imprensa insiste em tentar colocar a inflação na conta do Jair Bolsonaro. Parece que ainda não entenderam que o povo tem memória! Sabem muito bem que a alta da inflação advém da política irresponsável de lockdowns de prefeitos e governadores”, escreveu. 

Na mesma linha, o empresário aliado do presidente, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ao criticar a inflação, culpou exclusivamente o que chamou de política do “fica em casa, a economia a gente vê depois”.

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O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) disse que Bolsonaro, que foi contra as ações de isolamento para conter o avanço da pandemia desde o início, alertou sobre o problema e que a sua postura sempre foi calcada “sobre as duas vertentes: sanitária e econômica”. “Governadores e prefeitos irresponsáveis adotaram medidas desproporcionais e prejudicaram milhões de brasileiros”, continuou. 

Os argumentos bolsonaristas não encontram eco na realidade. O aumento da inflação é consequência de uma série de variáveis, que incluem desde a alta do dólar — que influencia, por exemplo, o preço dos combustíveis — até problemas internacionais decorrentes de interrupções na cadeia de suprimentos durante a pandemia, que afetaram a fabricação e o escoamento de matérias-primas e produtos. Também contam fatores como a alta da energia elétrica em decorrência da crise hídrica e a quebra da produção agrícola de alguns produtos.

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As alíquotas dos impostos estaduais, que os bolsonaristas gostam de apontar como responsáveis pela alta do preço dos combustíveis, são as mesmas há anos na maioria dos estados.

 

 

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