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Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
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Os ganhadores da desistência de Barbosa: ele, o Brasil e Alckmin

A saída de Barbosa pode resultar no crescimento de Alckmin nas pesquisas de intenção de voto, pois o eleitorado dos dois é semelhante

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 8 Maio 2018, 14h27 - Publicado em 8 Maio 2018, 13h52

Ao desistir de sua candidatura à Presidência da República, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa agiu de forma sensata. Moveu-se, muito provavelmente, por ampla reflexão sobre os riscos da empreitada e por avaliação das limitadas chances de vitória.

Sua decisão beneficia, em primeiro lugar, ele próprio. O ex-ministro dificilmente reuniria os atributos exigidos para o exercício do cargo. A Presidência requer longa experiência no exercício de funções públicas, particularmente no Executivo e no Legislativo. Barbosa, um homem não afeito a difíceis negociações políticas, sofreria muito no exercício do poder.

Do presidente se exige habilidade para conduzir negociações complexas com um Congresso fragmentado e acostumado ao jogo pesado de toma lá dá cá. Há que reunir condições para movimentar-se nesse mundo, as quais costumam ser adquiridas ao longo de anos de atividade política. Finalmente, é necessário deter serenidade para lidar com o espinhoso dia a dia da Presidência, isto é, com as pressões típicas do cargo.

O segundo ganhador é o Brasil. Sem as condições para liderar de forma satisfatória o país, particularmente em período complicado como o atual, que exige a aprovação de reformas impopulares, Barbosa dificilmente seria um presidente bem-sucedido.

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Por último, ganha Geraldo Alckmin. O eleitorado do ex-ministro Barbosa era constituído de pessoas com características semelhantes das que tenderão a votar no ex-governador de São Paulo. Não haverá transferência automática das preferências de Barbosa para Alckmin, mas este pode ser um dos maiores beneficiários da desistência.

Não se pode descartar, pois, uma melhora na posição de Alckmin nas próximas pesquisas eleitorais. Um ganho de três a cinco pontos de porcentagem poderia ser o suficiente para credenciá-lo a liderar uma coalisão de centro, tornando-o competitivo para chegar ao segundo turno e disputar a Presidência com chances de vitória.

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