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Especialista diz que é um erro dar mesada aos filhos

Para o autor do livro 'Educando Filhos para Empreender', a mesada condiciona e passa a sensação equivocada de ter um dinheiro fixo garantido

Por Fabiana Futema Atualizado em 11 out 2017, 19h02 - Publicado em 11 out 2017, 09h55

A decisão de dar ou não mesada aos filhos depende da realidade de cada família. Para alguns, a mesada tem a função educativa de ensinar às crianças noções de economia e controle. Para o especialista em empreendedorismo e educação financeira João Kepler Braga, a mesada pode passar aos filhos a noção de que sempre haverá dinheiro.

Autor do livro Educando Filhos para Empreender (editora Ser Mais), Braga diz que não dá mesada aos filhos Théo, Davi e Maria.

“O que me motivou a não dar mesada a nenhum dos três foi prepará-los para a vida e, principalmente, mostrar como é não ter ‘nada garantido’ mensalmente. Assim, percebi que desde cedo eles já começaram a entender como realmente a vida funciona, principalmente a vida financeira que acaba frustrando a maioria dos adultos lá na frente”, escreveu ele.

Segundo ele, mesadas ensinam coisas interessantes como organização, controle e disciplina, mas, por outro lado, ‘condicionam e passam a sensação equivocada de segurança, de ter um dinheiro fixo garantido’.

No livro, ele conta que os três filhos já são empreendedores. Theo, de 17 anos, é produtor de eventos e vendedor de ingressos. Davi, de 15 anos, está em seu terceiro negócio e fundou a startup List-IT, de lista de material escolar. Maria, de 12, produz cupcakes desde os 8 anos.

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O autor afirma que não foi só pela falta de mesada que os filhos se tornaram empreendedores, mas pela estrutura familiar. Ele diz que dá aos filhos o suficiente para o lanche da escola e negocia a cada momento a liberação de dinheiro para novas necessidades.

No livro, Braga diz que os pais não devem dizer ‘sim’ a todos os pedidos dos filhos. É preciso determinar prioridades e dizer ‘não’ quando o momento não for adequado para aquela aquisição. “Não dê tudo que ele pede de forma desenfreada, porque essa atitude só vai deixá–lo cada vez mais consumista e fútil. Por mais que uma criança ou adolescente tenha necessidades, é preciso haver um controle e, principalmente, distinção entre o que realmente é importante e necessário e o que é fútil e descartável”, escreve ele no livro.

O especialista em empreendedorismo diz que os papéis não podem se inverter e os pais não podem se tornar reféns das vontades e escolhas dos filhos. “Crianças que crescem ganhando tudo não precisam se preocupar com o dia de amanhã e observe que a grande maioria até extrapola os limites estipulados pelos pais. É comum, em função da não preocupação e valorização do dinheiro dos pais, gastar mais até do que a própria mesada”, escreveu Braga.

Quem dá mesada

Pesquisa da Boa Vista SCPC mostra que 22% dos consumidores dão mesada aos filhos, um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2016.

Quase a totalidade (96%) dos que dão mesada faz o pagamento em dinheiro, Apenas 4% adotam o cartão pré-pago ou um cartão de crédito adicional.

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De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados dizem que dão mesada ou semanada para estimular a educação financeira nas crianças. Outros 27% afirmam usar o sistema para garantir o dinheiro da compra do lanche. Também há os que responderam que a mesada é uma forma de recompensa por comportamento (18%).

O levantamento mostrou ainda que 85% acreditam ser muito importante que as crianças e adolescentes recebam orientação financeira. Para que isso aconteça, 65% afirmam que costumam conversar e explicar às crianças o que é, como se ganha e para que serve o dinheiro.

Os entrevistados disseram que apenas 3% das crianças recebem esse tipo de informação na escola. Outros 32% dizem estimular a criança a economizar a mesada ou a semanada.

A pesquisa ouviu 1.056 consumidores, que responderam a uma sondagem on-line entre 28 de agosto e 8 de setembro.

Criança recebe mesada (IStock/Getty Images)
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