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Sou muito mais a Michelle

Seja Oprah, Michelle ou Zuckerberg, por favor, tudo menos Ivanka. Nem que seja em nome do ar que nossas futuras gerações vão respirar.

Por Lillian Witte Fibe 9 jan 2018, 17h45

Como todo mundo que viu o Globo de Ouro anteontem, fiquei boba com o discurso de Oprah Winfrey.
Primeiro, cobicei seus redatores.
A que peso de ouro teriam eles sido contratados pela gigante, messiânica e bilionária comunicadora?
Pensando bem, mais parecia coisa de Michelle, a Obama.
As duas são amicíssimas.
Oprah, atriz consagrada e já indicada ao Oscar, esbanjou emoção.
Parecia falar com o coração.
E convenceu.
Convenceu tanto, que foi “lançada” candidata a presidente em tempo real (a eleição será em 2020, mas a longa campanha começa daqui a um ano), via twitter da própria NBC, a rede de TV dona do show e transmissora oficial.
A novidade povoaria as manchetes do planeta nas 24 horas seguintes.
Foi tão impactante, que fez a Casa Branca protestar e – novidade das novidades – levou a NBC a um pedido público de desculpas pelo tweet da véspera, e a deletá-lo cerca de 12 horas depois da publicação.
Emissora com enormes braços jornalísticos, não se espera que a empresa tome partido em processo eleitoral.
Fato é que, pela falta de quadros entre as lideranças partidárias de sempre, surge “como um foguete” – nas palavras de Meryl Streep logo depois da cerimônia – um nome forte da indústria do entretenimento, o de Oprah.
Ela é tão rica quanto Donald Trump, de acordo com os últimos rankings da Forbes (patrimônio de uns US$ 3 bilhões cada um), e, também como ele, sem experiência legislativa ou partidária.
E há tempos ela aparece nas listas de possíveis candidatos pelo Partido Democrata, o mesmo de Obama e e de Michelle.
Uma das mais recentes data de 22 de dezembro.
Saiu no Washington Post: https://www.washingtonpost.com/news/the-fix/wp/2017/12/22/the-top-15-democratic-presidential-candidates-for-2020-ranked/?utm_term=.a8ff950a184d
Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, também andou pipocando na mídia como um provável outsider para disputar em 2020, mas se recolheu nos últimos dois meses.
De minha parte, sou muito mais Michelle, que me pareceu ser o cérebro por trás do discurso realmente inspirado de Oprah.
Sempre achei Michelle mais articulada – e oradora mais brilhante – que o marido, mas essa é outra história.
Seja Oprah, Michelle ou Zuckerberg o candidato a correr por fora da velha política que parece mesmo cada vez mais rejeitada pela opinião pública, eu arriscaria a dizer: por favor, (quase) tudo menos Ivanka, a herdeira de Trump.
(No livro “Fire and fury”, lançado e esgotado na semana passada na América, e que causou outro alvoroço em Washington, diz-se que tudo o que ela mais quer na vida é ser a primeira presidente mulher do país.)
Não fosse por outra razão, em nome da qualidade do ar que as próximas gerações, inclusive de brasileiros, vão respirar.
O que não é pouco.
P.s.: antes que nossos outisders se entusiasmem diante da onda Oprah nos Estados Unidos, deixo aqui o lembrete de um excelente artigo do jornal inglês The Guardian, sobre a dura vida que a esperaria, caso abraçasse mesmo a empreitada: “ (…) ela enfrentaria um árduo ciclo de debates, caucus (espécie de convenções partidárias comunitárias) e primárias, uma expectativa de que ela liberasse suas declarações fiscais e o escrutínio forense de sua vida privada que vem com todas as corridas presidenciais.”
Está em: https://www.theguardian.com/tv-and-radio/2018/jan/08/oprah-winfrey-for-president-analysis

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