Rodrigo Maia acaba de ir para a oposição
O presidente da Câmara solta o verbo contra as bobagens apresentadas ontem pelo governo como alternativa à reforma da previdência.
A menos que ele desminta, o que, a julgar pelo teor das reportagens parece pouco provável, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, antes fiel aliado do governo, acaba de ir para a oposição.
Maia, que, de tão amigo, já ajudou a salvar a pele do presidente nas duas delicadas votações que impediram o Supremo de investigar as denúncias contra Temer, andava publicamente aborrecido desde sexta-feira.
Contrariado por ter sido excluído das reuniões que desembocaram na intervenção federal em seu estado, ele não escondeu o descontentamento.
Mesmo assim, disse que votaria a favor da intervenção, por achar importante para o Rio de Janeiro.
Mas agora ele soltou o verbo. “Nem li nem vou ler”, afirmou, sobre as propostas “alternativas” à reforma da previdência apresentadas ontem pelo governo, em nome de manutenção da agenda econômica e/ou de um pretenso ajuste fiscal.
É Maia, como presidente da Câmara, que decide o que votar e quando votar.
Pelo jeito, as bobagens apresentadas ontem não vão mesmo sair do papel.
Assim como não saiu a alegada reforma da previdência (que nunca foi nem reforma nem nada), embora tenha consumido um sem número de manchetes e energia do brasileiro.
É o estilo factoide de ser do Planalto.
Eis três links:
https://g1.globo.com/politica/noticia/maia-nova-pauta-economica-do-governo-e-desrespeito-ao-congresso-e-um-abuso.ghtml
Já está também no Valor:
https://www.valor.com.br/politica/5336185/maia-diz-que-nova-pauta-economica-e-desrespeito-com-camara
E no Estadão, onde ele diz que as medidas anunciadas ontem cheiram a “café velho”:
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,maia-diz-que-pacote-de-projetos-apresentado-pelo-governo-cheira-a-cafe-velho,70002196977.amp?__twitter_impression=true