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Pandemizou!

A pandemia veio para "viralizar", ou melhor, "pandemizar" as soluções digitais e tecnológicas que têm despontado para facilitar a vida do ser humano

Por Ben-Hur Ferraz Neto
Atualizado em 15 jul 2020, 12h35 - Publicado em 14 jul 2020, 12h21

A expressão “viralizou”, tão empregada nos últimos anos nas redes sociais como a forma mais rápida de expressar o sucesso de uma divulgação, talvez tenha se confundido, com a pandemia, numa forma inadequada de se manisfestar.

Nos deparamos, nos últimos meses, com a propagação de um vírus real, não através da mídias sociais, mas através das pessoas em um mundo globalizado, onde o coronavírus apareceu na China e, rapidamente, havia atingido mais de 10 milhões de pessoas em todos os continentes.

Os sistemas de saúde de todos os países foram ameaçados a colapsar, o medo se disseminou e a vida humana se sentiu insegura e ameaçada, como se não a fosse antes.

Após alguns meses de pandemia e isolamento social (como certo ou errado, considerado a única forma de conter o vírus) as discussões atuais tentam prever ou até adivinhar o “novo normal” do amanhã.

Várias são as possibilidades: uso contínuo e duradouro de máscaras pela população (não só no Oriente), fim de abraços e beijos rotineiros na cultura dos latinos, jantares virtuais, home office, entre tantos outros incluídos nos nossos dias para minimizar a mudança radical e aguda de tantos costumes.

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LEIA TAMBÉM: Telemedicina também exige cuidados

Mas, na verdade, apenas uma certeza existe: – A pandemia veio para “viralizar”, ou melhor, “pandemizar” as soluções digitais e tecnológicas que tem despontado para facilitar a vida do ser humano, mas que suas mudanças traziam a costumeira negação dos seus benefícios imediatos por muitos.

As iniciativas de bem-estar, vida mais saudável, saída dos grandes centros, aproximação digital e uso benéfico de tecnologia, vieram para ficar! O que poderia levar 5 ou 10 anos para se transformar em realidade, no prazo até então necessário para adaptação do ser humano, está acontecendo em poucos meses ou até semanas….

Como médico, gostaria de exemplificar. A tão discutida telemedicina, tecnologia que jamais substituirá o relacionamento humano, o médico e muito menos o paciente, demonstrou a sua real capacidade de aproximar as pessoas, com mais tempo e dedicação, acesso infinitamente mais amplo e resultados de satisfação para todos os envolvidos, antes inimagináveis. Pacientes que não teriam qualquer possibilidade de contato com serviços de saúde, agora os tem, de forma segura, confiável, confidencial, registrada e disponível (esta talvez a mais importante característica de algo que se propõe a cuidar da saúde de terceiros).

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Quem determina a hora de procurar um serviço de saúde é o usuário e não a disponibilidade do prestador.

Os efeitos devastadores da Covid-19, ceifando vidas por todos os lados e ameaçando cada um dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta, trará consequências inesquecíveis a todos nós. Muitas lembranças tristes, não há dúvidas, incluindo a saudade eterna de todos que não conseguiram vencer o vírus. Mas nos incluirá, de forma definitiva, na maior transformação comportamental que a humanidade já viveu. Uma pandemia virtual sem vacinas ou medicações que possam evitá-la, mas que a consequência será muito mais transparência nas relações e muito mais benefícios à sociedade, ampliando e democratizando as questões mais básicas e fundamentais para o desenvolvimento humano.

A Covid-19 nos atropelou, deixou vítimas, muita dor, mas está nos ensinando que a transformação digital da sociedade não só é necessária, como irreversível! A mentalidade não pode ser mais a mesma. Precisamos mudar para o “mindset” do bem!

Sairemos de uma pandemia do medo para a “pandemia virtual” que “pandemizará” muitos benefícios a todos nós!

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(Felipe Cotrim/VEJA.com)
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