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Conheça o Novo Guia Alimentar para a População Brasileira

Você já leu ou já ouviu falar do Novo Guia Alimentar para a População Brasileira? Eles traz conceitos e recomendações de uma alimentação saudável

Por Daniel Magnoni
31 Maio 2017, 14h40

Você já leu ou já ouviu falar do Novo Guia Alimentar para a População Brasileira? Antes de tudo, vamos começar falando o que é um guia e qual seu principal objetivo. Na sequência, poderemos estabelecer os limites entre seguir estritamente o guia, muito difícil nos dias de hoje, ou utiliza-lo exatamente como o nome sugere, um guia, um normatizador de princípios e uma referência na escolha dos alimentos. No entanto, a vida corrida e os poucos momentos de descanso pedem, muitas vezes, o prazer do comer sem culpa, a praticidade do alimento pre preparado, a facilidade do cozinhar, tudo dentro da realidade do nosso dia a dia, mas realmente, focando na saudabilidade.

Qual é a definição do Guia?

O Guia Alimentar é um documento oficial, lançado pelo Ministério da Saúde, que borda os conceitos e recomendações de uma alimentação saudável para a população brasileira. Sendo assim, um instrumento para a educação nutricional e alimentar no Sistema Único de Saúde (SUS) e, possivelmente, em outros setores também.

O principal objetivo do guia é promover a saúde das famílias, pessoas, da sociedade brasileira, por meio de um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação. Sabe-se atualmente que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública.

Dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que visa obter em cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com amostras probabilísticas da população de adultos, mostrou que aproximadamente 17% dos brasileiros são obesos e 52,3% estão sobrepeso.

O Guia Alimentar também enfoca na prevenção de enfermidades, como as DCNT, por meio de recomendações para promover a saúde e a boa alimentação.

Como ele é dividido?

O guia é dividido em 5 capítulos, para facilitar a compreensão e leitura. Cada capítulo aborda um tema, todos relacionados à prática de uma alimentação saudável. Por exemplo, o capítulo 1 fala sobre os princípios que nortearam sua elaboração, já o capítulo 4, traz orientações sobre o ato de comer e fatores que influenciam o aproveitamento dos alimentos.

Ele também aborda recomendações sobre escolhas de alimentos, qual tipo escolher, informações de como preparar as refeições e incentiva a prática de cozinhar. Além disso, mostra sugestões para enfrentar os obstáculos diários para manter uma alimentação mais saudável.

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Este novo guia substitui sua versão antiga, que diferente dela, não trabalha com porções recomendadas. Ele ressalta a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura/frescos (como frutas e legumes) e minimamente processados (farinha de mandioca). E recomenda a diminuição dos alimentos processados (sardinha enlatada) e evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo).

É possível entender melhor a definição destes alimentos:

Categorias de alimentos Definição Exemplos
Alimentos In natura São aqueles obtidos diretamente de animais ou plantas. Estes alimentos são adquiridos para consumo e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Ovos e frutas
Alimentos Minimamente processados São alimentos in natura que foram submetidos a alterações mínimas antes de sua aquisição, como processos de limpeza. Cortes de carne congelados e leite pasteurizado.
Alimentos processados São fabricados pela indústria com adição de ingredientes como sal ou açúcar ou outra substância culinária em alimentos in natura para deixar sua duração maior e sabor mais agradável Frutas em calda e Sardinha e atum enlatados
Alimentos Ultra processados São formulações industriais feitas totalmente ou em grande parte de substância extraídas de alimentos, derivadas de constituintes de alimentos, sintetizadas em laboratório, realçadores de sabor e aditivos. Com técnicas de manufatura, exemplo: extrusão. Refrigerantes e macarrão instantâneos.

Os óleos, gorduras, sal e açúcar são produtos extraídos de alimentos in natura por processos, como prensagem. São ingredientes culinários utilizados para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações. Porém, o guia ressalta a utilização de forma moderada destes ingredientes.

O Guia é finalizado com todas suas recomendações descritas de forma sintetizadas com o tema: “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”. Além disso, é um documento muito importante para se conhecer informações sobre uma alimentação acessível e saudável. Uma leitura muito produtiva para sanar dúvidas e conhecer melhor os alimentos.

Os 10 passos para uma alimentação adequada e saudável

  1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
  2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
  3. Limitar o consumo de alimentos processados;
  4. Evitar o consumo de alimentos ultra processados;
  5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
  6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
  7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
  8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
  9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
  10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

Os profissionais de saúde, médicos e nutricionistas podem e devem orientar no sentido de uma alimentação baseada em escolhas saudáveis. Muito mais que simplesmente uma alimentação saudável o estilo de vida escolhido deve ser incorporado de ampla pratica de atividade física, desde o simples caminhar, passando pela pratica de exercícios mais direcionados e esportes, até o apoio de profissionais capacitados em educação física.

Por fim, o bom senso deve imperar, os radicalismos das dietas sem rigor científico e o guia alimentar estão nos opostos do certo e do incorreto. Direcione a sua vida no sentido das escolhas corretas, reduza o seu stress e monte o seu cardápio de vida.

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Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156 p. : il.

Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2015 Saúde Suplementar : vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 170 p.: il.

 

 

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