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As verdadeiras propriedades medicinais da canela e do coentro

Entre elas, o controle da diabetes e as capacidades antifúngicas e analgésicas

Por Daniel Magnoni
Atualizado em 28 set 2020, 14h05 - Publicado em 28 set 2020, 13h58

Atualmente, no mundo da pandemia e das fake news, recebemos muitas e incontáveis mensagens digitais sobre alimentação e saúde. Nesse contexto, dois alimentos precisam ser colocados dentro da verdade científica. A canela e o coentro estão sendo inseridos, em um ritmo alucinante, no rol dos “milagrosos”, alimentos que servem para retardar o envelhecimento, reduzir glicemia e nível de colesterol e baixar a pressão arterial.

Nesse sentido, vamos a verdade dos fatos.

A canela é uma das especiarias mais antigas do mundo, há muito conhecida por nossos antepassados em razão de suas propriedades medicinais e efeitos benéficos para a saúde. O termo “canela” deriva do grego e quer dizer madeira doce, o que denuncia de antemão seu sabor e aroma característicos, muito apreciados pela culinária de inúmeros países, especialmente na região da Europa e Oriente Médio.

Além de ser considerada uma fonte importante de compostos fenólicos com potente atividade antioxidante, a canela também tem sido evidenciada como uma possível aliada no tratamento da diabetes. Inúmeros estudos, tanto in vivo como in vitro, tem apontado que a canela poderia favorecer o controle glicêmico através da ação de algumas substâncias presentes em sua composição.

Uma delas é o chamado cinamaldeído, um componente que seria o responsável por aumentar a ação da insulina no organismo, e consequentemente, exercer efeito hipoglicemiante. Embora o cinamaldeído seja o principal estudado nesse contexto, outros compostos também têm demonstrado efeito positivo no controle de parâmetros glicêmicos e por isso, não se sabe ao certo qual ou quais destes elementos estariam de fato envolvidos nos desfechos observados.

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Ainda nesse sentido, apesar da literatura emergente sobre os benefícios da canela na Diabetes, os resultados são conflitantes e não existem estudos suficientes que sejam capazes de elucidar os mecanismos e impactos reais da sua utilização na prática clínica.

De todo o modo, o uso da canela pode ser compreendido dentro de um estilo de vida saudável de maneira geral, somado a um hábito alimentar adequado e prática de atividade física regular, condutas que realmente estão associadas de maneira concreta à prevenção e tratamento complementar da diabetes.

O coentro (Coriandrum sativum L.) é certamente um dos temperos mais utilizados pelos brasileiros, principalmente na região do Nordeste, local em que é considerado um ingrediente quase que indispensável na cozinha do dia-a-dia. No entanto, não é uma planta típica do Brasil, existem relatos de sua utilização na culinária romana e africana da região do mediterrâneo.

Dentre suas propriedades terapêuticas exploradas na antiguidade, destacam-se o efeito antifúngico, antimicrobiano e analgésico. Alguns experimentos atuais têm evidenciado seu papel como um possível agente hipolipemiante, atuando também como antioxidante no combate aos radicais livres. Apesar disso, os estudos sobre o tema são insuficientes para elucidar o real mecanismo e efeito desse vegetal no organismo, o que impossibilita sua aplicação na prática clínica. Além do mais, geralmente os benefícios só são apontados quando utilizados na forma de extrato ou concentrados.

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Na gastronomia, o coentro confere frescor e toque especial às preparações, sendo usado para temperar uma ampla variedade de receitas, desde peixes à carne vermelha, até sopas e saladas. Mas, quando falamos de coentro, o assunto divide opiniões. Embora seu sabor seja de agrado de grande parte dos brasileiros, uma parcela significativa de pessoas tende a detestar o gosto do coentro.

A preferência ou aversão pelo coentro tem uma explicação científica. Conforme uma análise conduzida pelo pesquisador Nicholas Eriksson, existe um componente genético que pode determinar a percepção do gosto de sabão no coentro. Aparentemente, a antipatia pela especiaria pode ser resultado de variantes genéticas nos receptores olfatórios, fazendo com que haja hipersensibilidade a uma substância chamada aldeído.

(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
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