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A relação da família com o pediatra

A escolha do profissional precisa ser adequada, pois ele será o responsável pelo cuidado da criança até possivelmente a adolescência

Por Mauro Fisberg
Atualizado em 4 out 2019, 17h55 - Publicado em 4 out 2019, 17h08

O pediatra ainda é um dos últimos clínicos gerais, que atendem as crianças de uma forma integrada, em uma ampla faixa de idades. Cada vez mais os pediatras estão sendo integrados ao atendimento pré-natal, em consultas com as gestantes, para poder orientar precocemente uma série de dúvidas que podem ser antecipadas antes do nascimento do bebê. 

Um exemplo importante da participação dos pais e outros familiares no cuidado pré-natal: a alimentação da gestante e a sua possível suplementação visando o sucesso do aleitamento materno, sempre em contato próximo aos cuidados com o obstetra. 

Como em muitos casos a primeira consulta com o pediatra se dá muitos dias após o parto, é essencial prevenir as chamadas crises previsíveis do período neonatal. O que fazer com algumas situações do bebê logo que chega em casa: o choro, banho, roupas, as evacuações estão corretas? O aleitamento materno é instintivo, mas necessita ser orientado para a posição, frequência, cuidados com a mama e mamilos, para garantir uma amamentação tranquila e bem sucedida. 

A partir da primeira consulta pré-natal, a família precisa definir quem será o responsável pelo acompanhamento posterior. E muitas dúvidas surgem: médico do convênio ou do sistema público, atendimento privado ou não? Em que lugar? Próximo de casa ou por que houve alguma orientação de outras pessoas? 

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A participação do pediatra

O importante é que a escolha seja adequada, porque haverá um relacionamento de longo prazo, em que o pediatra será o responsável pelo cuidado da criança até possivelmente a adolescência, participando de decisões familiares, que irão do tipo de roupa para cada clima até a discussão da carreira a ser escolhida. 

Ainda por ser um clínico geral em constante contato com a família, quase sempre o pediatra irá “palpitar”em casos de saúde de outros membros da família e mesmo de cuidadores. Afinal, poucos profissionais irão conhecer tão profundamente a dinâmica dos membros da família, a rotina dos irmãos, a atividade física, o tipo de escola, os esportes, a qualidade do ensino e lazer. 

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Não, o pediatra não é onisciente superpoderoso, mas é um profissional que tem um relacionamento holístico, global, interessado e participativo, com toda a rotina familiar. Cabe a ele estabelecer diálogos constantes e estar disponível para dúvidas e queixas.

O tipo de relacionamento deve ser estabelecido desde o princípio. Haverá espaço para dúvidas serem respondidas fora da consulta? Por qual meio: celular próprio, da clínica, whatsapp, e-mail ou telefone? E as urgências? Como proceder quando houver necessidade? Há profissionais que preferem que os pacientes sejam levados ao pronto-socorro, e o pediatra de plantão entrará em contato com o pediatra da família. Outros tipos de atendimento mostram que há pediatras que preferem atender sempre a criança em um local específico, determinando o pronto-socorro ou clínica. 

Já outros pediatras delegam para seus assistentes, talvez mais disponíveis nas 24 horas de atendimento, em caso de necessidade. Outros, atendem apenas nos consultórios ou ambulatórios, sem atender urgências, deixando que a família leve a criança aos serviços de urgência. 

Em todos os casos, deve estar muito claro o tipo de atendimento que será prestado, quase como um contrato entre a família e pediatra, que deve esclarecer como será o relacionamento, para que não existam dúvidas. 

O atendimento telefônico, por redes sociais privadas ou mensagens pode ser complexo e impedir um adequado diagnóstico, mas pode ser um primeiro contato para sanar dúvidas. No entanto, não substitui uma consulta presencial. Mesmo com aplicativos com imagens ou fotos, vídeos e envio de sinais e sintomas, a consulta claramente necessita do contato físico e da observação presencial. 

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Questões práticas

Os custos devem ser sempre discutidos antecipadamente. Um médico de convênio que é acionado fora do consultório, em um hospital ou urgência, poderá ter um outro tipo de atendimento que não está coberto pelo seguro saúde. Quando será feito o retorno? Com quanto tempo? Uma nova queixa é uma nova consulta mesmo que tenha sido avaliado pelo pediatra há menos de uma semana?

O bom senso, o diálogo e a contínua discussão entre a família e o pediatra poderão sanar quaisquer dúvidas existentes. 

Além disto, o atendimento do pediatra pode se estender por períodos muito longos. Alguns profissionais têm habilitação em hebiatria, a medicina do adolescente, e cuidam das crianças até os 19 anos. Já outros pediatras preferem atender apenas no cuidado neonatal e outros preferem encaminhar a outro profissional no início da puberdade. Todos estes fatores devem ser levados em conta no relacionamento da família com o pediatra. Assim, o pediatra poderá realmente ajudar não somente no cuidado da criança, mas determinar um modelo recíproco de relacionamento muito simbiótico, com um aprendizado recíproco, respeitoso e carinhoso.

 

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